domingo, dezembro 27, 2009

Todos Os Natais Que Não Passei


Todos Os Natais Que Não Passei

Delasnieve Daspet

Gostaria de voltar ao tempo

Em que o Natal era o melhor dia do ano.

Criança, feliz com qualquer bala,

Que encontrasse debaixo da cama,

Onde Papai Noel tinha deixado...

O Natal, de hoje, não tem a menor graça,

Tudo tão mecânico e sofisticado,

Já não vejo os burburinhos,

As esperas, nas janelas, sem pressa,

Com sorrisos de felicidade estampado ,

E o vestido de chita cheirando guardado.

Perfume de alfazema e

Flores para enfeitar a saudade

Espiando minhas lembranças, me emociono,

Fico olhando as pessoas irem e virem,

Entrando e saindo, procurando, procurando..

O que buscam, realmente?!

Panetone, tender, rabanadas,

Ou acabar com a falta de afeto,

E a solidão anunciada ?

Buscam... eu sei o que buscam...

Buscam um último raio de sol antes do anoitecer,

Uma nota, um compasso, a composição...

Procuram os caminhos dos vales,

Quando o que se busca esta no coração...

Sinto saudades de todos os Natais que não passei,

Sinto saudades das alegrias que não vivemos,

Sinto falta das coisas que não fizemos,

Sinto falta da Tua Luz pois agora sei

Que sempre é mais escuro ao amanhecer!

**

Delasnieve Daspet

Campo Grande-MS, 14 de dezembro de 2004.

23,43 hs

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Mensageiro


Mensageiro
Delasnieve Daspet

Quando retornas?
No teu nascimento questiono tua volta...
Te necessitamos agora,
A fome enconva millhares,
Outros, a violência - extermina,
O descaso abandona - crianças e velhos
Perambulam pelas cidades à tua espera....


Tua presença é necessária,
Corajoso e decidido
Denunciarás os desmandos.
Anunciando novo modo de ser e de fazer...

Claro, te contestaríamos de novo,
Até - quem sabe - voltaríamos a te crucificar...

Tua voz mansa e suave
Faz estremecer as bases.
O neo-liberalismo te teme, libertas,
Enquanto escravizam os menos favorecidos.

Tua presença já tarda,
Condenarás a injustiça social,
A corrupção de centenas,
A vida sem dignidade...
Organizarás um novo levante!

E a tua arma como sempre
É a Palavra,
Como começo, meio e fim.

És o porta-voz do justo,
O testemunho do amor total,
Expressão de alegria e esperança!
DD_23_12-08

sábado, dezembro 12, 2009

AOS AMIGOS DO MENSAGENS DO LUNA&AMIGOS



O Grande Presente
Delasnieve Daspet

Natal - os seres humanos ficam mais amáveis,
Trocam presentes, carinhos...
Nesta data lembramos
O grande presente que ganhamos!

A escolhida foi Maria,
Sobre ela bênçãos e graças,
Em seu ventre a luz, a proposta de
Transformação da sociedade.

E a a resposta
Ficou a critério de cada um
DD_22.12.08


TURMA AMIGA DO GRUPO DE MENSAGENS LUNA&AMIGOS

OBRIGADA PELO CARINHO E ATENÇÃO ESPERANDO ESTAR

COM VOCES TODO O ANO DE 2010.

BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO!











segunda-feira, dezembro 07, 2009

sábado, dezembro 05, 2009








Reminiscências...
Delasnieve Daspet
Incenso.
Cheiro de madeira...
Teu odor e calor atravessavam minha pele.
Há reminiscências que se perpetuam
Como ecos do passado.
Fecho as portas das conveniências sociais,
Abro as da imaginação.
Com a alma liberta
me entrego a pratica do que me faz feliz.
Navego e navegas em mim.
Acendo as velas,
perfumo nosso jardim.
Queria deitar-me em teu colo,
sentir teus lábios quentes, te amar.
No burburinho da manhã
com o gorjeio dos pássaros acordar.
Lembrar o ontem ainda machuca
e acordo com o gosto amargo do suave
e doce pranto, até hoje, ainda triste!
O silêncio e o medo estrangula
sem coragem abro os olhos e fecho a porta.
Abandonada no fragor da tempestade,
Nossas vidas pulverizadas, sem luz,
somem na claridade do tempo.
DD_20-10-03 - Campo Grande MS









































































































sexta-feira, dezembro 04, 2009















Beijo de adeus...
Delasnieve Daspet



Uma profunda paz desceu sobre os olhos;
O tempo parou... esperava.
Que não haja tristeza no adeus!



Ternas palavras subiam ao olhar,
Com o pôr do sol o dia terminava...
A estrela da tarde se aproximava,
Como um clarim, a chamar...
O que dizer ?



Eis que chega a hora da partida.
Um vento leve, brisa suave do alvorecer,
Perfeita alegria.



Nos lábios o toque da morte...
Ceifada a flor no beijo de adeus!
DD_ Campo Grande-MS, 16.10.09

domingo, novembro 29, 2009

Poesia - Delasnieve Daspet



Será possível amar assim ?
Delasnieve Daspet – 29.11.09


Tu que abres mentes e corações
Que mostra os caminhos mais nobres
Nos anseios do amor, dissestes:
“Amem-se uns aos outros...”

Tão difícil, Senhor, este mandamento!
A questão é amar os outros como nos amastes...
Nosso amor é calculista, a espera de loas,
Retribuições... um amor tão pequeno!

Não é fácil a proposta...
Vivemos numa sociedade de bajuladores,
E a mão que afaga hoje
É a que faz escárnio – amanhã!

Amem-se...
Como poderemos amar assim ?
Só é possível o amarem-se
Pautando nosso viver na paz e na liberdade.

Somente despojados do preconceito profundo
Livres da fantasia do real e do imaginário,
Conhecendo crenças e idéias diferentes...

Então, Mestre, o amor não será
Um mero sentimento
Mas uma ação concreta.

E o mundo calculista e invejoso
Será de paz e de serenidade.

E no coração de todos reinará o amor aos outros,
Aos que me amam e aos que não me amam,
Aos que eu gosto e aos que não suporto,
Amigos e inimigos, ao bem e ao mal...

Um amor que tudo renova...
Será possível amar assim ?
- Amem-se uns aos outros... como eu vos amei... ( João, 13, 14 ) -

sexta-feira, novembro 06, 2009

SOMOS PELA VIDA CONTRA AS DROGAS!


Sem chance, não dou pérolas a porcos,
Questionada se não iria responder aos ataques que temos sofridos por exdrúxula figura, nada mais temos a dizer.
Tudo já foi dito. Exaustivamente.
Digo apenas - que não dou pérolas a porcos.
No mais o que a figura deseja e manter ibope a nossas custas - vai chafurdar solito. Em boa lama.
Todos os argumentos e falatórios caem no vazio - não tem eco... apenas mostra a fossa que existe entre pessoas
que lutam o bom combate - pessoas comprometidas com o social, pessoas que são amigas, pessoas solidárias,
pessoas que respeitam seus semelhantes, que não prejulgam, que não se acham superiores aos outros!
Agora, essas pessoas que se acham acima de quaisquer erros, que não tem compaixão e que tiram as outras pela sua própria maneira de ser, são seres humanos ôcos e nem merecem nossa atenção.
Vamos deixa-las no ostracismo, morrerão em seu prórpio veneno.
Assim é que funciona.
Vamos ao que interessa:
SOMOS PELA VIDA CONTRA AS DROGAS!

Domingo

Dia 8 de novembro

Caminhada em direção ao Leme

Concentração a partir das 14 horas

No Posto 6, em Copacabana

Em frente ao posto de salva-vidas

Hoje nossa campanha ganhou um forte apoio: Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Rio de Janeiro.
Não podia ser diferente. A OAB sempre pautou por batalhar as causas dos cidadãos.
É o que se faz neste caso - não se luta por quem matou ou por quem morreu - luta-se para que não hajam novas mortes, novos assassinatos, novas perdas.
LUTAMOS PELA VIDA E CONTRA AS DROGAS!
Delasnieve Daspet
Embaixadora Universal da Paz
Embaixadora para o Brasil e Sub-Secretária para as Américas de Poetas del Mundo

domingo, outubro 18, 2009

Atualização do www.lunaeamigos.com.br


http://www.lunaeamigos.com.br:80/lunas/especiais.htm

http://www.lunaeamigos.com.br/index2/index2.htm

http://www.lunaeamigos.com.br/mulher/indice.htm

http://www.lunaeamigos.com.br/dia_do_poeta/indice.htm


http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal44ano8.htm

http://www.lunaeamigos.com.br/classificados/vassouras.htm

Delasnieve Daspet


No site do Antonio Poeta:
http://delasnieve-daspet.blogspot.com

No site da Lúcia Pereira:
www.outraseoutras.blogspot.com

Américo Calheiros - David Cardoso e Eu

Foto de Rodrigo Ostemberg

Eventos



PROGRAMAÇÃO 2009 CENTRO DE CONVENÇÕES 1 DO HOTEL ARMAÇÃO
Porto de Galinhas - PENA INTERNET: www.fliporto.net
DIA 7 (SÁBADO) - 11 - 09
14:00h – “Editores de sites literários, investimento ou desperdício?” Antonio Miranda, Delasnieve Daspet e Cláudia Cordeiro narram suas experiências no desenvolvimento de seus sites literários e abrem debate com o auditório. (Transmissão ao vivo)

Poesia...




Hora de Acordar...
Delasnieve Daspet

No dia a dia descortinam-se
Barreiras de indiferenças
Do homem para com seus semelhantes,
Do homem para com a natureza,
Do homem para com a Humanidade....

Criados para o amor
Temos nos refugiado na descrença,
Criados para viver
Temos nos aperfeiçoado no matar ou morrer...

Criados para a luz
Inventamos – no egoísmo – na falta da sensibilidade
A escuridão para a vida!

Noites sombrias de embriaguez,
- em loucos delírios –
Aumentamos o vazio da existência...

Criados para a alegria
Nos perdemos para a satisfação do momento
No nosso labirinto íntimo...

Não seja indiferente...
Ouça o chamado... vem... vem, agora!
Saia de dentro de ti,
Da prisão de tua frieza,
Da escuridão que te cobre...

Vem!
Vem, para fora!
Saia do teu íntimo egoísta,
Reveste a alegria e da liberdade,
Na construção de um mundo de PAZ!

Vem!
Te chamo.... Chamo a ti e a todos,
Está na hora de acordar,
Está na hora de jogar para o escanteio,
A fome, a miséria, a injustiça e a guerra,
E tantas outras violências...

Vem!
Te espero e te busco nesta caminhada!
Abra os olhos e o coração
Para partilharmos o incomensurável dom da vida
Que recebemos!
12-03-08

domingo, outubro 11, 2009

Daisaku Ikeda


sábado, outubro 10, 2009

Varal do Luna&Amigos

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VARAL Nº 43 - ANO 8 - "De Passagem..."

quinta-feira, outubro 08, 2009

Quinta-feira, 8 de Outubro de 2009
OAB-MS denuncia precariedade de presídios do Estado à Comissão de Direitos Humanos da OEA
08/10/09 09:15Por: Reprodução/Correio do Estadohttp://www.oabms.org.br/noticias/lernoticia.php?noti_id=6757
http://www.correiodoestado.com.br/?conteudo=destaque_detalhe&destaque_id=10144



Foto:Elizabeth Nogueira - OAB/MS

Da Redação

A precariedade do sistema carcerário de Mato Grosso do Sul está sendo denunciada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). A medida foi adotada pela Ordem dos Advogados do Brasil no Estado, diante da gravidade da situação, constatada durante as recentes visitas de inspeção da equipe do Mutirão Carcerário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), assim como em razão da falta de providências para a solução do problema.
A superlotação dos estabelecimentos penais, detentos de regime semi-aberto cumprindo pena no fechado, insalubridade, falta de trabalho e outras irregularidades são alguns dos pontos citados na denúncia.
"O que se tem nos presídio de Mato Grosso do Sul é a negação plena da condição humana daqueles que ali cumprem pena. As fugas constantes e reiteradas, são perfeitamente naturais nesse ambiente de horror e medo. Aliás, plenamente justificadas pela simples verificação dos espaços onde pessoas são recolhidas. Algumas pocilgas são espaços mais dignos do que os alojamentos dos nossos presidiários", diz o presidente da OAB-MS, Fábio Trad, na reclamação encaminhada à Comissão Interamericana.
De acordo com levantamentos da Comissão de Direitos Humanos da Seccional da Ordem, os presídios do Estado têm capacidade instalada para 5.251 detentos, entretanto, hoje abriga mais de 10.500, o dobro de suas condições.
A presidente da comissão, Delasnieve Miranda Daspet de Souza, cita que "a precariedade dos alojamentos e a condição inominável em que estão recolhidos os condenados é chocante. Presos deitados no chão das celas e até no "boi" (banheiro), sem colchões, no chão gelado; lixo por toda parte; agentes penitenciários em número insuficiente; esgoto a céu aberto no pátio, levando o odor fétido para o interior dos alojamentos; homens clamando por atendimento médico e jurídico; detentos com doenças transmissíveis junto aos outros; baratas e ratos"
Em sua visita ao Estabelecimento Penal de Regime Semi-Aberto Urbano, por exemplo, o juiz federal Roberto Lemos, coordenador do mutirão em Mato Grosso do Sul, encontrou 73 detentos em regime fechado, sob a alegação de que eles estavam retidos porque não tinham conseguido emprego. Com isso os internos acabavam regredindo de regime (semi-aberto para fechado).
Outro exemplo de precariedade é a Unidade Educacional de Internação (Unei) Novo Caminho, no Jardim Los Angeles. No local, destinado à internação de menores infratores, a equipe do Conselho Nacional de Justiça detectou várias irregularidades, como superlotação, falta de higiene, alojamento com iluminação e ventilação insuficientes, e falta de espaço para internos que necessitam de isolamento ou estejam doentes. Isso levou a Defensoria Pública a pedir a interdição da unidade, com a remoção dos menores.
A OAB-MS afirma que, esgotados os recursos internos disponíveis, quer que a Comissão Interamericana da OEA declare que o Estado brasileiro viola dispositivos da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), que desde 2002 recomenda medidas com intuito de solucionar a situação dos presídios, como também a Declaração e Convenção dos Direitos da Criança; Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça de Menores e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Paralelamente, pede que o organismo internacional, entre outras providências, recomende ao Governo brasileiro que interdite os estabelecimentos carcerários que não respeitam as regras da arquitetura prisional ou que sejam inadequados à vida reclusa e à dignidade da pessoa humana, com a responsabilização das autoridades judiciais que se demonstrarem omissas.


sábado, outubro 03, 2009


ATUALIZAÇÃO DOS VARAIS DO LUNA&AMIGOS
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/ano08.htm
Arte: OLGA FONSECA

Varal n. 31 Edição 395 - Ano 8
AMIGOS
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal31ano8.htm

....

Varal n. 32 Edição 396 - Ano 8
SITUAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal32ano8.htm

.....

Varal n. 33 Edição 397 - Ano 8
AMOR PROIBIDO
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal33ano8.htm

.....


Varal n. 34 Edição 398 - Ano 8
Por imagem
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal34ano8.htm


.....

Varal n. 35 Edição 399 - Ano 8
Por imagem
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal35ano8.htm

.....


Varal n. 36 Edição 400 - Ano 8
MEDITAÇÃO
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal36ano8.htm

.....


Varal n. 37 Edição 401 - Ano 8
AMOR DE PERDIÇÃO
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal37ano8.htm


.....


Varal n. 38 Edição 402 - Ano 8
RECORDO-TE
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal38ano8.htm


.....

Varal n. 39 Edição 403 - Ano 8
A JUSTIÇA RICA EM FALHAS
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal39ano8.htm

.....


Varal n. 40 Edição 404 - Ano 8
O CAMINHO É A PAZ
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal40ano8.htm

.....

Varal n. 41 Edição 405 - Ano 8
ABRAÇO
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal41ano8.htm

.....

Varal n. 42 Edição 406 - Ano 8
ETERNIDADE
http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal42ano8.htm

quinta-feira, setembro 17, 2009


sábado, setembro 05, 2009

Poesia


Há tanta beleza!

Delasnieve Dapet



A beleza da existência
Esta na dinâmica da vida...
É como o rio que, embora no mesmo lugar,
Nunca é o mesmo!
Renova-se a cada segundo,
Caminhando ao infinito!



A beleza da existência
Esta no vôo das gaivotas e
No pousar suave nas praias...
A marca dos passos n´areia
Permanecerão até a próxima onda.


Há tanta beleza no mundo...
Há tanta beleza no vento que leva a folha...
Há tanta beleza na chuva que cai,
Na flor que se abre pela manhã,
No sol que nasce todos os dias,
No luar que ilumina a noite escura,
No dia que chega e que se vai.


Há tanta beleza na mão estendida
Que acolhe e que doa,
Na solidariedade que abraça irmãos...


Há tanta beleza na vida
Que meu coração parece que vai explodir
De tanta gratidão!
DD-junho-09

Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul


terça-feira, agosto 25, 2009

CONVITE :


sábado, agosto 15, 2009

poesia

UM AMOR MADURO!
de delasnieve daspet
Quero um amor maduro.
Tranqüilo.
Livre de dores.
De ciúmes. De ausências.
Um amor que valorize
Interesses comuns.
Um amor que ame
Sem perder o encanto.
Um amor no mundo das idéias.
Platônico. Bom. Belo. Verdadeiro.
Um amor - para amar
Sem a perpetuação da propriedade!
Não quero o amor contido nos papeis
De marido e mulher.
Não quero ser modelo de nada,
Apenas - quero nada ser!
Não quero ser o objeto
De um contrato social
Para a manutenção do nada!
Quero alguém que me olhe apenas como sou,
Uma mulher!
Não fui feita para servir a ninguém.
Nunca busquei um provedor.
Não vou doar minha identidade.
Nada pelo efêmero,
Quero uma escolha permanente!
Já amei loucamente.
Meu amor foi surdo à razão.
Foi como uma graça divina,
E me escorreu pelas mãos!
Hoje sei o que busco.
Sem perder a ternura.
Quero o encanto de lado a lado
No viver comum,
Ser feliz!
DD-17-09-2001 - 23,30 hs
Campo Grande MS

poesia

UM AMOR MADURO!

de delasnieve daspet


Quero um amor maduro.

Tranqüilo.

Livre de dores.

De ciúmes. De ausências.


Um amor que valorize

Interesses comuns.

Um amor que ame

Sem perder o encanto.


Um amor no mundo das idéias.

Platônico. Bom. Belo. Verdadeiro.

Um amor - para amar

Sem a perpetuação da propriedade!


Não quero o amor contido nos papeis

De marido e mulher.

Não quero ser modelo de nada,

Apenas - quero nada ser!


Não quero ser o objeto

De um contrato social

Para a manutenção do nada!

Quero alguém que me olhe apenas como sou,

Uma mulher!


Não fui feita para servir a ninguém.

Nunca busquei um provedor.

Não vou doar minha identidade.

Nada pelo efêmero,

Quero uma escolha permanente!


Já amei loucamente.

Meu amor foi surdo à razão.

Foi como uma graça divina,

E me escorreu pelas mãos!


Hoje sei o que busco.

Sem perder a ternura.

Quero o encanto de lado a lado

No viver comum,

Ser feliz!

DD-17-09-2001 - 23,30 hs

Campo Grande MS

poesia

Cheiro de Alfazema

Delasnieve Daspet

Quando os raios do sol
se enterram na barra
do horizonte,
num casamento perfeito da
terra com os céus,
subo a colina para ficar
mais perto de Deus.

E no ar rarefeito da subida
sinto o cheiro de alfazema,
cheiro de coisa antiga,
sinto saudades da vida,
a alfazema me cheira a saudade!

Tão só navego pelos mares,
tão calada ando pelos caminhos,
tão breve é o momento nesta ilha,
tão longa é a escuridão da incerteza.

Das vinte e quatro horas do dia,
abreviando o curso da existência,
talvez não viva nem duas.
Mas sempre há um amanhã
que justifica nossas fugas
e necessidades.
__DD-Campo Grande, MS
10-01-03 - 18 hs

segunda-feira, agosto 10, 2009

par Delasnieve Daspet
Signes de vie, signes de morthttp://74.125.95.132/search?q=cache:6wattheylZ8J:humeursdejeandornac.blogspot.com/+Delasnieve+DAspet+em+Lettre+%22Humeurs%22&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Traduction par Athanase Vantchev de Thracy

(Qui connaît l'auteur de cette excellente photo ?)




Ténèbres et lumière,
Discorde et amour,
Faces de la même monnaie
Qui remplissent le vide…
Vide qui s’accomplit
Dans la parole pleine du tout et du rien :
La perte…

Qui se dilue dans l'eau,
Eau qui éteint le feu,
Eau dont le flot emporte la terre,
Eau qui corrode le fer,
Eau des larmes qui dilue la douleur …
Signes de vie, signes de mort…
La mort et la vie marchent ensemble,
L’une finit dans autre.
Et bien que la mort semble la plus forte,
La vie triomphe toujours !
La flamme court et dévore la forêt,
Tout est détruit, tout est fini ? Quelle joyeuse tromperie !
Aux premières gouttes de pluie, renaît la sylve,
Plus luxuriante, plus vigoureuse,
Non ! Personne ne peut entraver son essor !

La mort ne met pas la vie en déroute,
Elle ne rend pas impossible la Paix,
Des cendres de la destruction
Rejaillit la Lumière,
La haine ne met pas l'amour en déroute,
La mort ne peut vaincre la vie,
La déception n'enterre pas l'espoir.

Je prône la constance des contraires,
Il faut l'obscurité pour qu'éclose la lumière,
Il faut dénoncer l'oppression pour proclamer la liberté,
Et alors la peur le cèdera au courage !
Delasnieve Daspet
23-03-08-Campo Grande-MS

______________


Avocate et militante des causes pacifistes, sociales et humaines, environnementales et culturelles, la poète brésilienne Delasnieve Miranda Daspet de Souza, née à Porto Murtinho-MS, a grandi au sein des luxuriants paysages du Pantanal du Mato Grosso du Sud. Mariée et mère de deux enfants, elle vit à Campo Grande-MS.

Eminente représentante de la Biopoésie (Poésie de la Vie), chroniqueuse, essayiste, conférencière, enseignante et éducatrice, Daspet de Souza fait du travail social auprès des enfants défavorisés. Elle est membre de plusieurs associations et académies littéraires nationales et internationales.

Membre du cercle des Ambassadeurs pour la Paix universelle (Genève, Suisse) ; Sous-secrétaire Générale pour les Amériques et Ambassadrice pour le Brésil de « Poetas del Mundo », Santiago, Chili ; Ambassadrice pour la paix de la Fédération internationale pour la Paix dans le monde - 2007 ; Prix de Poésie mondiale de l'UNESCO ; Médaille d'Argent 2008 Arts, Sciences et Lettres de la Société Académique d´Éducation et d´Encouragement, (Paris, France) ; Prix des femmes d'affaires internationales BPW, Campo Grande - MS ; Trophée BPW Femmes-2007 ; Super CAP d'Or - 2008 ; prix World Poets Society (WPS).

Elle a déjà publié en tant qu'auteur ou co-auteur 41 (quarante et un) livres et anthologies nationales et internationales. Elle gère depuis 8 ans un groupe « Poètes et Poésies » composés de 180 poètes et écrivains associés venus du Brésil, de quelques pays d'Amérique du Sud et d'Europe. Daspet de Souza organise tous les ans un festival de poésie « Cénacle Poétique Luna et Amigos», primé par l'UNESCO. Elle donne régulièrement des conférences sur le Brésil et le Mato Grosso du Sud, sur la Culture de la Paix, sur les Droits Humains et sur la Biopoésie comme art de l'intégration par le Mot.
Daspet de Souza a mis en scène les pièces de Shakespeare "Roméo et Juliette" et "Songe d'une nuit d'été" au Cap-Vert pour le compte de la compagnie théâtrale Scène Ouverte (www.cenaberta.zip.net).

Sa Biopoésie traite des préoccupations capitales de notre temps : sauvegarde de la Nature, réchauffement de la Terre, guerres, pollution de l'environnement, etc. Ses œuvres ont a été traduites en français, anglais, allemand et espagnol.

Comme militante pour la Paix, elle exalte l'union de toutes les races, de toutes les religions et genres, et propose la création d'une École universelle de Paix.

Athanase Vantchev de Thracy




sábado, agosto 08, 2009




Quando as palavras morrem...

Delasnieve Daspet



Quando as palavras morrem no silêncio
É porque perdemos a capacidade de sentir.
No contexto, o existir é apenas um detalhe.



O silêncio que distancia,
Dá proteção,
Não compromete.



Vemos o fato,
Conta-se a situação...
Fechados no casulo, não queremos
Sentir, nem mudar o modo de pensar.



Diante da dor,
Diante do sofrimento,
O egoísmo manda não se comprometer,
Não consolar, não se doar...



O silêncio da negativa
Cala fundo naqueles que aguardam
Um gesto consolador, um braço aberto.
Fica o vazio.
DD-julho-2009.

terça-feira, julho 14, 2009

Ainda Com Rubor De Saudade




Ainda Com Rubor De Saudade

Delasnieve Daspet

O barco já a deriva, há tempos fez água.
Mas as dúvidas ainda nos maltata:
Ficariamos melhor um sem o outro?

O inverno já nevou meus cabelos
e ainda não aprendi que nem todas
as dúvidas devem ser ditas.

Como algumas (várias ) verdades
tem de ser camufladas, pisadas,
a sete palmos escondidas!

Estas dúvidas voltam do caminho da morte.
Com o rosto macerado e esfumaçado
pelas cinzas do tempo, ainda com rubor
da saudade, me viram do avesso!

...E o vento sopra a cinza...
joga a vida no galho do outono.
Junto ao pé de jasmin fico rodeada pelo passado!
_DD_23-6-03 Campo Grande MS

sábado, julho 11, 2009

Olhos Cor De Chuva




Olhos Cor De Chuva
Delasnieve Daspet

Hoje as lembranças vão acabar;
Vou afugentar as lágrimas solitárias...
Um novo sonho vou buscar.

Hoje, não vou respirar o suspiro de tristeza;
Vou olhar o sol nascente no novo dia,
Pois quando o violino tocar
As folhas balançarão no ar...

Hoje, finalmente, verei o sol-por
Nos olhos grandes e belos,
Amarelos e ensolarados,
Olhos cor de chuva,
Em dias de cinza nublado...

Hoje, já não importa,
Se nem lembranças sobrou
Na sombra o gesto calou...
Já não vou chorar,
Tenho coisas para recordar...

Ouvirei sinos a noite...
Não se ouvem sinos a noite?!
Não importa, já se foi a minha primavera,
Mas deixaram a tarde plúmbea;
Cinzas... mar após a tempestade!

Hoje, olhos calmos e belos,
Cheios de luz da tarde,
Olhos molhados de chuva,
Olhos de saudade,
Hoje, enfim, posso dizer
Ainda te amo,
Mas não gosto mais de ti!


16.01.05
Em Campo Grande MS

domingo, junho 28, 2009

WERNER DASPET MASTER - MARROM SUPER-PESADO - medalha de ouro do Centro Oeste do CBJJE - Confederação Brasileira de Jiu Jitsu Esportivo


WERNER DASPET MASTER - MARROM SUPER-PESADO
medalha de ouro no BRASILEIRO CENTRO-OESTE



Werner Daspet sagrou-se campeão, recebendo medalha de ouro na categoria master super pesado - faixa marrom super pesado.
O Campeão do Centro Oeste pela Confederação Brasileira de Jiu Jtisu Esportivo - CBJJE, na sua categoria, participou do evento promovido neste final de semana pela Federação Brasiliense de Jiu Jitsu, e, foi representando MS pela academia Isaias Jiu Jitsu, de Campo Grande.
O evento realizou-se no GINÁSIO DO CRUZEIRO, 28 jun 2009 - as 13,30 hs - Brasilia-DF.





sábado, junho 27, 2009

Um Voar Maior de Nuvens...



Um Voar Maior de Nuvens...
Delasnieve Daspet



Quando o sol descer suave,
O vento soprar docemente,
Vermelho-hibisco, a lua surgir,
Estarei esperando!

O tempo será apenas
Um voar maior de nuvens
Pois tudo que tenho é o agora.

Exíguo momento que se esvai
Buscando o futuro que já é passado,
Quando já nada importa!

Pergunto: para que a pressa?
Perdi-a pelas andanças,
Ando tão lentamente,
Olhando, tudo, duas vezes.


Por outro lado,
Já não percebo, e, não me importo,
Com o que há além do amanhã...

Continuo...e, mesmo que não entenda
Vejo as estrelas, olhos fugazes;
Ouço o trovão, voz que assusta;
Luzes que acendem, pirilampos na noite;

Forças do universo e de minh´alma
Que me perpassam como uma faca
Em pote de manteiga...

Noite, rosas perfumadas,
Vaga-lumes, lanternas ,
Raio, calor que abrasa,
Orvalho, lágrimas no olhar,
Bruma, que me envolve e toma;
Solidão, que abraça um invólucro,
Caixa vazia...

*** Delasnieve Daspet
15-07-04 - 09,30 hs
Campo Grande MS

quarta-feira, junho 17, 2009

Dizer Adeus




Dizer Adeus

Delasnieve Daspet

Adeus.
Fecho o livro,
Baixo a cortina,
Apago a luz.
Encosto a porta,
O sino dobra,
Saio agora.

Dizer adeus torna tudo tão real,
A verdade perfeita na palavra sutil
De cinco letras.

Digo adeus,
Para depois, não sentir a ausência...
Pois, a razão da dor, é o não se despedir.

Talvez te veja um dia...
Ou quem sabe, mais tarde,
Quando o tempo do verbo já for passado...

Consciente ou inconsciente
Somos páginas viradas do fim anunciado...
Adeus!

Campo Grande MS
23-06-04

terça-feira, junho 16, 2009

Estigma




ESTIGMA

Delasnieve Daspet


Ser pobre
Sempre foi um estigma.
Houve momentos - e ainda há -
em que a pobreza material
Foi e é banalizada pela sociedade!

Pobre é bandido! - Se diz!...
Não é, não!
Miseráveis sofrem a miséria
Que lhes é imposta
Por uma sociedade injusta,
Sem leis,
Sem verdades!

Pra que miséria maior
Que essa chaga política
Que abrigamos?
Eles vivem a miséria moral
E nós - a desdita de aturá-los!

Vivemos em estado de perplexidade
Das cobranças que nos fazemos!
De que honra falar?
Em qual verdade investiremos?
A cada gesto impune
Se destrói a ilusão que nasce!

Por que temos de carregar
Este estigma?!
Este sinal infamante
Que nos foi legado pela história
De sermos um povo bom, passivo e corrupto?!

Vamos sair da miséria moral
Em que chafurdamos no dia a dia.
E que o nosso estigma seja
Receber o pólen que fecunda
A flor da esperança!

A oportunidade nos é dada....
Obrigue-se a extirpar as chagas,
Exerça teu direito!
*DD_ 17- 02 -2002
Campo Grande MS

domingo, junho 14, 2009








Assim Como As Folhas Que Tremem...
Delasnieve Daspet


Assim, como o sol que se curva a cada manhã;
Assim, como as folhas que tremem
Com a brisa refrescante;
Assim, como um pássaro a céu aberto,
Numa ânsia que toma,
Assim, no meu silêncio, este lamento.

Escrevo no pó da estrada
A profunda dor de minha mágoa.
E na aridez de minha saudade,
Com o canto preso na garganta,
Sou a lágrima triste
Que pinga sobre tua lembrança!

Assim sou, assim sigo
Um mero reflexo na janela...
Esta mentira é tão real que dá pena,
Sem perceber, sou eu mesma, quem vaga,
Na multidão que não passa...

CAMPO GRANDE MS
31.05.04

sábado, junho 13, 2009


DELASNIEVE DASPET E O MUNDO DOS POETAS.
De João Justiniano da Fonseca

Há pessoas que seguindo caminhos diferentes se destacam e evoluem no correr do tempo por razões várias em espaços diversos. Há as que percorrem as mesmas trilhas em igual espaço, por razões idênticas. Chegam ao mesmo destino na trajetória terrena. Ao cabo, dizem uns - dei conta do recado, cumpri a missão - falam outros. Fecham o círculo da vida.Os poetas e os deuses cursam a senda espiritual. E, mansamente, de braços dados, pisam passo a passo os longínquos chãos do sonho e da esperança. Por vezes, tomam asas e voam milhas à busca do destino. Não cansam, não gemem, não recuam. O destino de ser deus ou ser poeta traz o elo especial do incomensurável, que prende ao infinito azul. Os poetas e as deusas, os deuses e as poetas são o extrato do belo iluminado, do ouro pingando cristal, do cristal derramado em faíscas multicoloridas para enfeitar um pouco mais o belo da poesia. E esse todo que avistamos no éter azul sem limite, vale como pão que alimenta os deuses e os poetas, é o seu tudo e o seu todo, sua poesia - seu próprio ser. Materialmente simples criatura terrena, espiritualmente reproduzindo ninfas, para criar o eterno, o poeta memorializa a eternidade e aí se transfigura. Poeta e deus, deus e poeta, luz e beleza.Estas lembranças de navegante interplanetário, confundindo entre si o material e o espiritual, que em termos de poética são irmãos siameses, vêm acerca de Delasnieve Daspet, a poeta maior da contemporaneidade brasileira na sua força de expressão, em sua capacidade de ser e sua condição pessoal de realizar.Admirável, impressionante como criatura humana, diviniza-se para o milagre do trabalho. Embaixadora de Poetas Del Mundo no Brasil e Embaixadora da Paz, de tanto produzir e comunicar deixa a impressão de que mora à frente do computador, aí come e bebe, dorme e acorda produzindo belos poemas, criando textos, divulgando pessoas, oferecendo informações. Carrega-o debaixo do braço, trabalha a bordo do avião que navega pelo Brasil e pelo exterior, de pouso em pouso pregando paz e poesia, viver humanizado entre seres que desumanamente se hostilizam por hostilizar-se – alguma coisa assim como se praticassem o esporte do mata e morre.Vem, a pouco, a poeta maior, de lançar na Cidade Luz o seu caçula – DE LIBERTÉ EN LIBERTÉ, bilíngüe em português e francês. Como em regra no seu rico trabalho intelectual, canta, neste livro, as belezas da vida e da natureza, fala de amor e florestas, ela que é em parte amazônica dos pantanais de Mato Grosso do Sul, em parte universal. Junta o amor à pessoa humana e o amor à flora, para pregar, no canto, a paz entre os homens, como indivíduos, como povos.A paz, senhores, a paz! Parece que as tradições já marcam como destino humano a guerra entre os povos? Desde que se conta a história humana a guerra está viva. Nunca parou de existir, nem um dia fechou o maldito bocão dos canhões e das metralhadoras. Agora são mísseis de longa distância. Os líderes que comandam nosso destino são insensíveis à dor do semelhante? Eles não vão pessoalmente ao campo de batalha, mandam à distância, não imaginam, sequer, a dor de que são causa. Quem nos dirá que no amanhã, quando chegar a era da comunicação interplanetária, os planetas entre si conhecidos, entre si não guerreiem numa luta de fim de vida, caminhando para a escuridão total? E por quê? Porque o destino das pessoas marca o signo da guerra? Porque a cultura universal milenar criou o destino da estupidez? Maldita seja a guerra entre os homens, irmã Delasnieve Daspet. Eu a acompanho na leitura e no sentimento, no amor à paz. Falta-me a força de espírito que te move, a capacidade e o preparo intelectual para gritar contigo ao mundo inteiro. Certo, certo, certo é que no meu ler constante, no meu velho observar, chego à feliz conclusão de que no mundo inteiro o sentimento maior e a vontade predominante estão contigo pela paz entre os homens e entre os povos. Falta, para que isso se efetive, um toque, um quê de superior à mente humana. Um dia a corneta do destino tocará dos infinitos azuis o canto de paz universal e os homens entre si, feitos em poetas e deuses de braços dados andarão em terra, voarão no espaço contigo. Deus a salve, querida amiga, na tua pregação missioneira de amor.
João Justiniano
Publicado no Recanto das Letras em 09/06/2009Código do texto: T1639606http://joaojustiniano.blog.terra.com.br/delasnieve_daspt_e_o_mundo_dos_poetas
joaojustiniano@terra.com.br


POESIAS



1.
Lembrarás, Um Dia!
Delasnieve Daspet



De braços abertos
ofereci meu amor.
Minha palavra não é lixo
e será lembrada.
Lembrarás, um dia, quando tudo já for em vão.

Por isso as escrevo...
Se as deixar soltas, espalhadas,
como páginas de um livro rasgado,
estarão perdidas.

Por isso eu afirmo:
Não vou amar de novo!...
Construi um muro, fechei os quatro cantos,
já não quero olhar a estrela que
brilha ao meu lado...

Já não quero lembranças saídas do passado.
Dores marcadas a ferro, tatuadas n´alma,
na pele, com aço.
Não vou lembrar imagens que
sugiram saudades, não vou!

A amargura é colossal,
alta, profunda, larga, dolorida.
Não se pode ignorar, galgar,
transportar, arrancar.
É imensa, como uma nuvem, que tudo tolda.

Já não quero nada que me lembre o amor,
já não quero me lembrar do nascer do sol,
da lua pequenina na colina,
da viola de cordas mortas,
e da voz do poeta canta-dor ...
Mas tu... lembrarás, um dia!
__DD -13-03-04 0,25 hs
Campo Grande MS


2.
Despedindo-me do passado...

Delasnieve Daspet


Foi tudo tão breve.
A tua presença, estrela peregrina,
foi tragada pela terra,
naquela noite triste.

O céu fez questão de ocultar
qualquer lembrança tua,
e no silêncio profundo,
que validade teriam minhas saudades?

Duas lágrimas quentes rolam pelas faces,
pois te lembro, tênue luz brilhante,
que o tempo vai esmaecendo...
Mas, vou me lembrar para sempre!

Oh! quantas vezes te busquei?
Vasculhei oceanos, desci a abismos,
viajei o cosmo inteiro.
Movi céus e terras,
finalmente, te encontrei!

Pássaro errante,
sinto tua presença
como sinto o vento.
Sei que estas ao meu lado,
mesmo não te vendo!

Te ouço, te sinto, te espero
séculos e séculos.
Perdura, em mim, o som de tua melodia,
e me chegas no frescor da manhã,
como uma rosa matutina.

Despeço-me do passado triste e solitário,
sei, hoje, o meu destino,
sem ti, tudo foi dor e treva..
Mas eu te encontrei,
juro, ser tua, para sempre!
___DD - 17 - 04 - 04 - 23,44 hs
Campo Grande MS

3.
Primeiro Amor.

Delasnieve Daspet


Imaginei-me jovem,
Sentada ao teu lado na beira do rio,
Tua pele brilhando ao sol.
Não me lembro da conversa
Só da sensação do primeiro amor.

Deitada - ouvia o sussurro da floresta,
O coração falhava uma batida,
Na doçura do casulo que nos envolvia.

Ficávamos à sombra da mangueira,
Na tarde preguiçosa dos dias,
Emudecidos pelo prazer de amar.

E falávamos.....
Tanto havia a ser dito
Como se houvéramos guardado para nós
Tudo o que não podia ser expressado.

E no caminho formado pela lua sob as águas,
Ligando o rio e o horizonte,
Andamos, quebrando as ondas no escuro
Entregues aos sonhos...

O primeiro amor marca profundamente.
Invade nosso sangue,
Toma conta d´alma.

Se for o amor verdadeiro
Nos dará também a segurança de navegar
Pela vida, completo, unidos,
Um porto contra todas as tormentas...
DD-20-08-03 - 23,55 hs
Campo Grande MS



4.
Ora lembrança já saudade....

Delasnieve Daspet



Mesmo que minha voz seja o silêncio,
que minhas palavras sejam plúmbeas nuvens,
meu olhar, água parada, sem vida,
minhas mãos pendam para o vazio,
ainda assim, haverá sons nos prazeres ,
sons vibrantes, de meus sonhos,
sons em versos, poesias, palavras e melodias,
que balança, desfolhadas pelo vento...

Anoitece tão rápido, tão repentinamente
Não me acostumo: ora sol já é lua.
Ora lembrança já saudade,
através da densa névoa que flutua
pensamentos e e anseios ligados entre si.
Nem posso escolher se vou ou se fico...
.... e sigo!


A vida hoje já passou e sinto saudades
do novo que espero viver.
Não é preciso lua no céu,
nem uma lagoa azul,
não quero estrelas brilhando,
nem uma viola tocando,
não preciso de surpresas...
Quero - com os olhos abertos,
pés plantados no chão,
que meus sonhos se tornem realidade.
_DD_ 30de janeiro de 2004
Campo Grande MS


5.


Liberdade de partir.

Delasnieve Daspet


Eu podia gritar,
Podia mentir,
Podia dizer a verdade
sem necessidade de camuflar o sentir.

Mas... para que?
Nada do que faça irá mudar a situação.
Quanto mais solta as rédeas
Mais pesado é o grilhão.

E cansada vago pela terra,
Pelos céus, pelos mares,
Pelos montes e pelos vales
Procuro a dor dourada que consome.

E na suave descida
Do cinza pálido do alvorecer,
Buscando o sonho aprendo,
Que o segredo de amar
Está muito além do horizonte,
É a liberdade de partir ou de perder.
_DD-12-11-03 - 10,30 hs
Campo Grande MS


6.
Salgueiro Triste

Delasnieve Daspet


Olho com avidez o sol.
Danço na escuridão.
E, abraçando a negritude da noite, busco a luz.

Noite, mostre-se!
Traga teu fogo, pois vago no teu desejo.
Traga-me tua carne pois anseio pelos
beijos que sorvem a liquidez de minh´alma.

Estou debaixo das asas do salgueiro.
Salgueiro triste e chorão...
Nos teus galhos balancei a alegria
De minha meninice,
Sonhava e sorria....
Hoje, me embala a nostalgia...

O poeta pode ser perigoso.
Perigoso e imprevisivel,
Pois ele pode chocar como
Uma forte tempestade,
Ou pode chorar como um salgueiro triste!
DD _ 13-04-04 - Campo Grande MS
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod

quinta-feira, junho 11, 2009


sábado, junho 06, 2009

Entrevista com Delasnieve Daspet


sexta-feira, junho 05, 2009

A Verdade Estava Nua...






Verdade Estava Nua.


Delasnieve Daspet

Ainda tem um cheiro de
Outono no ar.
As folhas caem acolchoando o chão,
Roçando a pele, - úmida - ,
Como um beijo.

A verdade é o que busco.
Não encontro eco nos atos
Mas um grande vazio
De coisas findas.

Um cheiro de outono.
E o vento levou
Uma vitalidade do veneno,
Seiva da morte.

Que nome darei a este cheiro
Do vazio marmorizado
Do outono?

Mas - também -, que importância
Tem um nome?
Nomes são insignificantes
Para quem esconde algo
No coração...

Um dia vais acordar,
Com a alma gelada,
Em estado de contemplação,
Verás que está tudo demais...

E na mente as folhas perdidas,
Vão balançar nas arvores ressequidas,
E verás:
A verdade estava nua.



« De Liberté en Liberté »


Foto de Luis Pavesi by Divine Productions
Na Foto: Diva Pavesi Athanase, Delasnieve e Marc

« De Liberté en Liberté »

De Liberdade em Liberdade, o livro de Delasnieve Daspet faz sucesso em Paris

Delasnieve Daspet, escritora, poeta, advogada e militante das causas pacifistas, sociais e humanas, realizou o seu grande sonho: o de ser editada e distribuída na França, terra de seus ancestrais.

De Liberte en Liberte”, um livro traduzido para o frances pelos escritores e tradutores Marc Galan e Athanase Vantchev de Thracy, distribuído pelo Intituto Cultural de Solenzara.

Coube a mim a honra em apresentar essa obra:
Se eu fosse artista apresentar-lhe-ia como uma obra de arte, uma escultura, um filme ou um perfume:

Se Delasnieve Daspet fosse uma tela; ela seria TINTORETO, o esplêndido pintor renascentista italiano, apaixonado pela Luz e pelos espaços vertiginosos e dinâmicos.
Os poemas de Daspet são potentes, como as obras de Tintoreto são imensas.

Se Delasnieve fosse uma escultura, ela seria a Torre Eiffel, símbolo de força, de liberdade e de beleza.
Os poemas de Daspet são plenos de amor, de mistério, como a torre Eiffel, símbolo de Luz.

Se Delasnieve fosse um filme, ela seria Casablanca, com seus reflexos de luz, cores brancas e pretas, elegantes e carismáticas.
Os poemas de Daspet são como o filme Casablanca, nos incita a viajar no interior da alma.

Se Delasnieve fosse um perfume, ela seria um perfume Frances que eu criaria nesse exato momento nomeado Perfume da Paz e do Amor, porque os poemas de Daspet têm todos os cheiros do amor e da Paz, de sua alma e coração, de sua família, de seus amigos e de sua bela terra natal: Mato Grosso do Sul.

Daspet tem o poder de realizar, depois de traduzida em inglês, espanhol e alemão, agora em Frances para a gloria da humanidade, pois Daspet é a essência do belo e das pedras preciosas, como as pedras brasileiras.

Diva Pavesi

Escritora e Jornalista
Admnistradora e Delegada da Academie Arts Sciences Lettres na França
Presidente de Divine Productions
http://www.divineinstitut.org/
divapavesi@yahoo.fr
Mob : +33 6 63 79 10 67
http://www.divineinstitut.org/
skype: divapavesi

quinta-feira, junho 04, 2009

Condição.




Condição.
Delasnieve Daspet


Para se ter alguém,
Usamos uma armadilha:
O amor!

Uma doce violência.
Um suave torpor.
Um agridoce êxtase.

No meu amor
Coloco-me nua,
Emocional,
Sem limites.

Sou mulher exposta.
Na emoção,
Egoísta no querer.

Não vou amar só.
Tem de ser duo,
Como quem tira
O perfume do ar
Que abastece o ser!

No amor,
Sem condições,
Te dou,
Me dás,
Sem limites!

Enquanto não vens
Te sonho,
Te espero,
Em versos,
Sem condicional!
DD_19-10-2001 - 16 hs
Campo Grande MS

domingo, maio 31, 2009






MEDO


Delasnieve Daspet



Tenho medo
Não disse o que deveria
E o não dito me encolhe
Me deixa insegura.
Sinto um suor gelado
Do medo rastejando em minha pele.

Nao consigo me reencontrar.
Ando insegura.
Devagar.
Esquecendo.
Confundindo.
O não saber,
O desconhecido é quem me tolhe o movimento.

Preciso centralizar as emoções.
Os sentimentos.
A fera que sou.
Sair deste silencio brando da morte!

Vou sufocar o grito.
Limpar a garganta seca.
Arrancar a roupa,
Correr pela floresta,
E voltar.

Voltar.
Trazer em meus braços os sonhos.
Ouvir no silêncio.
Me fazer rio.
Inundar devagar.
Naufragar.
Sobreviver.

Vou olhar a nuvem pela janela.
Correr com ela.
Não vou morrer em vida.
Não vou mais esconder
A lágrima
No vidro vazio.
DD_08-09-2001 23 hs - Campo Grande MS