sábado, abril 28, 2012

Quando as estrelas não aparecem... poesia de Delasnieve Daspet

Quando as Estrelas Não Aparecem ...
           Delasnieve Daspet
 .
 
Quando fico no escuro
E as estrelas aparecem,
Não importa a situação,
Os  dedos tocam os sonhos,
E te buscam na eternidade
De uma canção.
 .
 Cansei de andar só,
Como um pardal na chuva.
E sem usar  as  máscaras permitidas,
Mal consigo  sobreviver...
  .
Para fechar o ciclo,
Não busco  piedade
Sigo pela estrada, caminhando...
Quando as trevas se fecham em delírios,
Quando as estrelas  não brilham
Lágrimas queimam a minha alma,
E escurecem a minha  noite.
 
**************
 
Cuando las estrellas no aparecen
 
Cuando me quedo en la oscuridad
y las estrellas aparecen,
no importa la situación,
los dedos tocan los sueños,
y te buscan en la eternidad
de una canción.
Me cansé de andar sola,
como un gorrión en la lluvia.
Y sin usar las máscaras permitidas
mal consigo sobrevivir....
Para cerrar el ciclo,
no busco piedad.
Sigo por la calle, caminando...
Cuando las tinieblas se cierran en delírios,
cuando las estrellas no brillan,
las lágrimas queman mi cara
y oscurece mi noche.
Delasnieve Daspet
traducción: Lua
 

sexta-feira, abril 27, 2012

ADEUS QUERIDA MISHA! por Nelson Vieira

ADEUS QUERIDA MISHA!

Nelson Vieira
Pode parecer esquisito e mesmo estranho falar sobre ou a respeito da Misha. Mas quem é Misha? E por que falar, externar para o público palavras relativas à Misha.
É simples. Misha uma cadela da raça poodle, que adentrou em nossas vidas, da família de maneira sutil.
Só quem tem ou em específico teve um ou mais animal (ais) de estimação, em especial cães, pode avaliar a dor, o sentimento resultante da perda.
No dia 22-04-12, pela manhã Misha deu adeus para nós (familiares). Numa despedida dramática foi embora, para tornar-se pó, como todos os seres em cujas veias o sangue circula. E, que tiveram o tempo de permanência na face da terra, findo.
No caso da Misha foram quatorze anos de comunhão, desde sua vinda para o seio familiar. Ela marcou presença com seu jeito carinhoso, sempre festivo, a nos receber sem saber as quantas estávamos, ou seja, bem ou mal no tocante ao humor, com a cauda tal qual uma bandeira desfraldada e saltitante.  Isso uma constância no dia a dia.
Lembramos da sua chegada, pequenina, filhote, uma bolinha branca e peluda. Foi recebida de braços abertos.
Era uma poodle, que demonstrou ser inteligente precocemente, aliás, consta ser uma qualidade expressiva da raça. Talvez em virtude disso, esses animais atuam com muita frequência em números circenses. A facilidade de assimilação é impressionante. E Misha conquistou seu espaço.
De porte pequeno, o normal dessa espécie, ficou adulta, nunca teve filhotes, fomos muito possessivos.  Aí uma falha nossa. Poderíamos ter descendentes dela, uma lembrança viva. Infelizmente não atentamos para a hipótese da hereditariedade. A recordação que temos está na memória e nas fotografias.
Com certeza uma casa é diferente quando possui animais e principalmente bem tratados pelos seus donos. É preciso gostar. Tem situações que médicos pediatras aconselham as pessoas adquirirem cães ou outros animais, para servir de companhia para os filhos e assim contribuir na melhora dos comportamentos.  Às vezes não há possibilidades de manter bichos no local, na residência por vários motivos. Bem, daí paciência.
Mas, abrimos parênteses e registramos a seguinte frase: “Sinto pelos que não gostam de cães... pelo simples motivo de que nunca saberão o que é realmente ser amado, de verdade... pois nenhum outro ser vivo nos ama incondicionalmente... (Melissa Salles)
E, Misha segundo os especialistas chegara aos noventa e oito anos, de conformidade com a equação de que, um ano civil, equivale há sete anos para os caninos pequenos. Então quartoze multiplicado por sete, igual a noventa e oito.
E, como é comum Misha adotou uma pessoa da família, que se tornou a preferida dela. Isso a princípio causou ciumeiras entre os membros da família. Tudo solucionado. Entenderam que era questão de “fórum intimo” e nada mais, pronto.
Os anos foram passando e a fidelidade da Misha firme sem nenhum vacilo. Ela conquistou nossos corações. Assim que ocorreu seu passamento, a saudade brotou logo de imediato. Ao chegar em casa não temos mais aquela saudação de praxe, efusiva. Não, não tem mais. Ficou um vazio.
Na convivência houve a construção do amor  que, solidificou no decorrer do tempo, a contar da chegada até os momentos finais da sua existência. O convívio com Misha foi uma tremenda experiência. Inclusive com ocorrências de cumplicidades em alguns atos, foi o que aconteceu inúmeras vezes.
Desde criança ouvimos: “Mais vale um cachorro amigo, do que um amigo cachorro”. Uma realidade incontestável, em nossa opinião.
A propósito consignamos duas frases: “Felizes os cães, que pelo faro descobrem os amigos” (Machado de Assis) e “Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm que misturar amor e ódio em suas relações”. (Sigmund Freud)
Adeus querida Misha! Você nos deu muitas alegrias.
É membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul.
    

segunda-feira, abril 23, 2012

O ADEUS A UMA MUITO AMADA AMIGA

MISHA
MARÇO DE 1998  - 22 DE ABRIL DE 2012
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O ADEUS A UMA MUITO AMADA AMIGA
Começou na quinta...
Ela não comeu, não tomou agua.
Foi piorando.
Passei a noite com ela nos braços...
E a liberei pela manha - disse-lhe que podia ir...
Que não se prendesse por nosso amor.
Que um dia nos reveriamos.
Tenho certeza disso.
E meu floquinho de neve, aquela bolinha de pelo branco que chegou aqui há tantos anos
libertou-se.
Deve estar agora no céu dos cachorros.
Teve intenso amor - amou muito e foi muito amada.
Era a princesinha da casa.
Na verdade nem precisava falar  etendiamos tudo o que dizia o seu olhar tão amoroso.
Mas como doi a separação!
Misha esteve presente em varios poemas meus.
Declarei e exaltei sua amizade, lembrei-a em todos os momentos, por onde andei.
Recordo seu sorriso de dentes branquinhos  quando fazia alguma arte.
Misha sorria - ou as lambidinhas nos pés ou nas mãos.
E o latido chamando para ir dormir.
Era minha - mas ela tinha escolhido o Nelson, e, assim foi durante toda a sua vida.
Se o Nelson não estivesse em casa, então,  ela ficava em meus braços.
Para o coração da Misha sempre fui a segunda opção.
Mas amei-a e a amo com todo o carinho e sentirei muitas saudades.
Estou chorando - porque uma amizade que se vai não tem nada que substitua.
Nada. Nem palavras, nem outro cão.
Cada um deles é um.
Tenho duas amigas queridas que também amam seus cachorros, a Jazinha e a Neli.
A Neli, também, perdeu a Lara. Hoje, também! Que triste concidencia!
Confesso que lágrimas rolam pela minha face e que meu coração esta apertado...
E nem ousem dizer: chorar por um cachorro?!
Sim, estou chorando por um ser vivo maravilhoso que  nos deu amor, fidelidade, cumplicidade, lealdade e amizade, por 14 anos.
E sei que vou chorar sempre - porque o unico sofrimento que ela nos deixou - foi este - o de sua partida.
No mais foram festas e festas, alegria e alegria.
O chato é que ela morreu sozinha - na clinica, mas ela sabe que nao a abandonei, mas que tentei de tudo para driblar a morte. Perdi.
Antes de sair da clinica, dei-lhe a total liberdade de partir - eu vi sua dor, ela se queixava em meus braços - não podia ser tão egoist ano meu amor...
Acariciei sua cabecinha branca e seu doce olhar, dei-lhe um beijo e disse-lhe que podia ir - que estava livre para voar.
Que o nosso amor por ela seria  eterno pois nada ou ninguém substitui um amor verdadeiro.
Precisava falar - dizer do amor incondicional que esses animaizinhos nos dedicam e que muita das vezes não retribuimos...
Eu choro a saudade, pois esta nada muda ou modifica, mas a propriedade responsavel é a que me causa conforto e me consola.
MISHA - FOI E SERÁ SEMPRE UM GRANDE AMOR EM NOSSAS VIDAS.
Obrigada querida amiga, filha, parceira, companheira.
Nos aguarde - que chegaremos. E sei que me receberas com teus latidinhos, lambidinhas e sorriso gentil de amiga, de irmã, de companheira.
Triste domingo, 22  de abril, dia do Planeta, devolvi minha MISHA à terra e ao pó que somos, todos!
 
Delasnieve Daspet