Há a Lua.
Delasnieve Daspet
Não há borboletas voando
ou pássaros cantando.
A superfície do lago esta calma, morta.
Nenhum mergulhão madrugador
corta os céus.
Nenhum zumbido de inseto.
O vento não corre entre as árvores.
As folhas não farfalham.
A água não bate na praia.
A beleza, alimento d alma,
já não existe...
Tão quieto o mundo,
ou será só o meu?
O mais leve ruído quebraria
a camada do gelo que me cobre !
Ainda assim, há a lua.
Todas as noites.
Soturna, pálida, bela.
Só ela não muda o encanto.
É a ausência que tudo cala.
É o vazio que preenche o espaço.
É a força do nada que se avoluma.
É a mesquinhez que se agiganta
e nos apequena...
Ainda assim há a lua...
Todas as noites sento
ao pé do salgueiro
a beira do lago
fico em silêncio e ouço.
Escuto a vida,
palavras lindas murmuradas
pelo vento.
Eu também te sussurro e peço
que não demores, e que chegues
nos raios do luar que comigo
espera....Há a lua, sempre!
_____________________
Delasnieve Daspet
28-02-03 - 23,00 hs
Campo Grande MS
www.lunaeamigos.com.br
www.delasnievedaspet.mayte.us
www.pantanalms.tur.br
Delasnieve Daspet
Não há borboletas voando
ou pássaros cantando.
A superfície do lago esta calma, morta.
Nenhum mergulhão madrugador
corta os céus.
Nenhum zumbido de inseto.
O vento não corre entre as árvores.
As folhas não farfalham.
A água não bate na praia.
A beleza, alimento d alma,
já não existe...
Tão quieto o mundo,
ou será só o meu?
O mais leve ruído quebraria
a camada do gelo que me cobre !
Ainda assim, há a lua.
Todas as noites.
Soturna, pálida, bela.
Só ela não muda o encanto.
É a ausência que tudo cala.
É o vazio que preenche o espaço.
É a força do nada que se avoluma.
É a mesquinhez que se agiganta
e nos apequena...
Ainda assim há a lua...
Todas as noites sento
ao pé do salgueiro
a beira do lago
fico em silêncio e ouço.
Escuto a vida,
palavras lindas murmuradas
pelo vento.
Eu também te sussurro e peço
que não demores, e que chegues
nos raios do luar que comigo
espera....Há a lua, sempre!
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Delasnieve Daspet
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-DESCOBERTA-
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Sinto minha vida parada em um momento assim!
Silêncio e solidão são necessárias, meus fármacos...
Consulto-me se já perdoei-me e não obtenho respostas.
Desejo desculpar a todos, pensando em novamente ser livre...
As bençãos caem em profusão em terreno sem mágoas.
Minha vida anda precisada delas, encontro-me em encruzilhada,
Descobri-me outra, nova fase que pode ser terminal, uma ilha!
Se sempre fui diferente, temo as mudanças que viverei, eu sei...
Meus valores, embora minhas vestes externas para sobreviver,
Quando exponho uma ponta, espantam aos poucos a quem me
Desvendo, causando uma surpresa, um susto, e até decepção!
Conviver com minha imagem falsa muitas vezes me cansa...
Sou culpada confessa e quero me retratar diante de mim mesma!
Será assim que reencontrarei antiga alegria perdida, saudosa?
Espero que sim e para tanto, terei que atirar o mais longe possível
Essas dores a mim causadas, sem propósito, desmerecidas...
Pergunto-me ainda se feri igual e peço perdão pois não percebi!
Em minutos que parecem longos anos, tenho sofrido fundo, dores
Das feridas que me fiz, interpretando humilhação e armadilhas,
Por carinho e admiração, quero me redimir, voltar a ser feliz antes
De partir e mesmo sendo difícil, deixar atrás de mim, rastro de luz
E paz e desde já um imenso amor, por favor, por tanto desamor!
-Marília Bechara-
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