quarta-feira, setembro 29, 2010


Lembrarás, Um Dia!

Delasnieve Daspet


De braços abertos
ofereci meu amor.
Minha palavra não é lixo
e será lembrada.
Lembrarás, um dia, quando tudo já for em vão.
.
Por isso as escrevo...
Se as deixar soltas, espalhadas,
como páginas de um livro rasgado,
estarão perdidas.
.
Por isso eu afirmo:
Não vou amar de novo!...
Construi um muro, fechei os quatro cantos,
já não quero olhar a estrela que
brilha ao meu lado...
.
Já não quero lembranças saídas do passado.
Dores marcadas a ferro, tatuadas n´alma,
na pele, com aço.
Não vou lembrar imagens que
sugiram saudades, não vou!
.
A amargura é colossal,
alta, profunda, larga, dolorida.
Não se pode ignorar, galgar,
transportar, arrancar.
É imensa, como uma nuvem, que tudo tolda.
.
Já não quero nada que me lembre o amor,
já não quero me lembrar do nascer do sol,
da lua pequenina na colina,
da viola de cordas mortas,
e da voz do poeta canta-dor ...
Mas tu... lembrarás, um dia!
DD_13.03.00 -Campo Grande-MS

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