segunda-feira, maio 23, 2016

Rastros - De Delasnieve Daspet ( de 12.09.12 )

em Paris - às margens do Sena )

Rastros 
Delasnieve Daspet 

Minhas poesias são a mais pura expressão de minh´alma. 

Não ligo, nunca liguei e jamais vou me importar com o que possam pensar sobre a minha poesia. Antes de qualquer coisa, tenho o prazer de escrever e de enviar a todos os meus sonhos. 

Sou ou fui advogada. Não me perdi nas minhas escolhas. Atendi quem necessitava, e, do direito, cansei, pois o artífice da lei sabe o quanto é insuportável a espera da justiça, que além de demorada, não é feita, não alcançando, portanto o fim proposto na maioria dos casos. 

Não sou diferente... Apenas não compactuo... e, aí, me desiludo. 

Nasci e cresci em meio a muito amor. Minha mãe, sem estudos mas muito inteligente, deu-me asas nas ações. 

Cansei de pessoas cultas mas burras. Normal, já que inteligência e cultura nem sempre andam juntas. 

Meu pai, um guardião. Meu grande amigo e parceiro. Adorava ler e escrever cartas. Exemplo de ternura e trabalho, e, foi ele quem escancarou-me as portas dos sonhos dizendo-me: "vá, o mundo é seu!" 

Ganhei uma irmã e uma amiga; grande companheira, e, uma segunda mãe a meus filhos. 

Por escolha, tenho um parceiro de vida, grande amigo e companheiro que me liberta. Que me deixa alçar vôos reais e imaginários... Sei que ao pousar a minha caneta e a minh´alma inquieta, ao levantar os olhos, verei seus olhos castanhos, belos e amorosos, de grande timoneiro. 

E, tenho dois filhos. Meus e de suas escolhas, eis que ao retornar a este mundo lhes dei a acolhida no ventre e no coração. Não são iguais. Não pensam iguais. Lhes dei liberdade de escolha. Não fizeram o que eu quis mas o que buscam. 

Tenho meus animais dos quais não abro mão. Enterrei vários deles. Hoje, anda ele minha casa, negritude total, serelepe gatinho, de quem cuido desde as primeiras horas de sua preciosa vida. 

Tenho o sonho, busco o sonho, persigo a paz... Enquanto houver espaço e voz, clamarei pelos ventos, pelas cidades, pelos rios, pelos montes. Pelos ralos cerrados, abraçando a fome, a sede e o frio, a indigência, buscarei a paz e a dividirei com todos. 

E tenho parceiros para trilhar essa estrada. Vários. 

Nem tudo são flores... e, nem teria graça se fosse assim... Vamos em busca do infinito deixando rastros de paz e de liberdade. 

DD_Delasnieve Daspet – 12.09.12 ( dia em que completo 62 anos )– Campo Grande – MS 
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=24229&cat=Cr%F4nicas&vinda=S

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