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O TEXTO NO LIVRO - PAG. 118: ( trechos )
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Delasnieve Daspet
Delasnieve Daspet vive rodeada de coisas que ama. Em sua sala, há obras de arte por toda a parte. No quintal, já perdeu a conta de quantos gatos abriga, além dos dois cachorros que ganhou do filho. Porém, mais do que apreciadora de arte ou amante dos animais, é apaixonada pelo ser humano, por sua família: por sua irmã, por seu marido, com quem é casada há 40 anos, e por seus dois filhos. Ativista de causas da paz, sociais, humanas, ambientais e culturais, ela não mede esforços para defender aquilo que acredita. É também biopoeta, empregando a poesia nas questões que põem em perigo a vida de cada ser vivo.
Luta para que haja comunicação entre autor e leitor e vive em harmonia com a natureza, com os direitos humanos e a justiça social. Defende a autodeterminação dos povos e a preservação do meio ambiente, enfim, usa as palavras que surgem para lutar contra as injustiças que sangram a quem respira. É a voz de quem se perdeu, dos desvalidos, milita em prol das minorias. Acredita que, por meio da educação e da cultura, é possível mudar o mundo, pois é a cultura que faz a inclusão e a educação é a porta de todas as reivindicações.
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Nascida em Porto Murtinho, MS – divisa do Brasil com o Paraguai –, é conhecida como “a poeta do Pantanal”. O reconhecimento nacional e internacional se traduz em prêmios que enchem as prateleiras de seu escritório. Ela diz que tem carinho por eles, alguns de maneira especial, como o “nó da amizade” – feito artesanalmente com palha – que ganhou dos índios Xavante.
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Para ela, escrever é natural. Começou incentivada pelo pai logo na infância, quando discutia sobre livros, escrevia cartas e se iniciava na poesia. Apesar das várias obras do gênero publicadas, não se define como poeta, mas como amante da poesia, já que considera que todo sonhador é um poeta.
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Sobre a poesia, ela diz que são colocados muitos rótulos, quando esse gênero deveria ser descomplicado. Na tentativa de democratizar e de difundir esse modo de expressão, desenvolve projetos em bairros, vilas e, especialmente, em escolas, pois acredita que estas devem promover a leitura e ajudar as crianças a descobrirem sua cidadania e, mais do que isso, se descobrirem. Foi por intermédio das crianças que, em 2012, Campo Grande conquistou o recorde de maior apelo estudantil do país pela paz, entrando para o RankBrasil (empresa independente que registra exclusivamente recordes brasileiros). Os “apelos” das crianças consistiam em registrar frases ou desenhos que expressassem seus respectivos sonhos pela paz. Os registros, futuramente, serão arquivados em um livro e enviados para a Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com a editora campo-grandense Life. Trabalha, arduamente, no âmbito nacional, pela construção de uma cultura de paz.
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“De Las Nieves”: aquela que vem das neves – é como interpreto seu nome, pois não encontro correspondência no comum aparato dos significados. Ela é singular e o nome – “Branca como a neve” – digno de corações puros, de doação às causas da Paz.
Trechos do texto de Maria Helena Sarti (Nena Sarti), com colaboração de Gabriel Ibrahim e Raquel de Souza.
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