.
Minhas Mãos.
Delasnieve Daspet
.
Tentei ser pura como a água cristalina.
Suave como a brisa matutina.
Doce como a fragância da rosa.
Manhosa como o regato que corre na montanha.
.
Mas noto - agora - com o passar do tempo
Uma mudança na rotina de meus gestos.
Só me dei conta ao lavar as mãos....
.
Minhas mãos!...
Tão rápidas. Tão ágeis.
Com longas unhas vermelhas,
Em flagrante contrate com a pele morena.
.
Todos os meus dedos mudaram.
Ficaram ousados.
Me perseguem. Chegam primeiro do que eu
Nos lugares. Me desafiam
Com notável desenvoltura!
.
Minhas mãos estão demasiadamente sensuais.
Talvez fosse por isso que por anos
As mantive com unhas curtas, cativa da tesoura.
Agora, longas e vermelhas, são lascivas!
.
Tem vida própria.
São marginais de mim.
Marcas do pecado. Da hipocrisia.
Já não as reconheço.
Tão notáveis estão
As minhas mãos!
Delasnieve Daspet
.
Tentei ser pura como a água cristalina.
Suave como a brisa matutina.
Doce como a fragância da rosa.
Manhosa como o regato que corre na montanha.
.
Mas noto - agora - com o passar do tempo
Uma mudança na rotina de meus gestos.
Só me dei conta ao lavar as mãos....
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Minhas mãos!...
Tão rápidas. Tão ágeis.
Com longas unhas vermelhas,
Em flagrante contrate com a pele morena.
.
Todos os meus dedos mudaram.
Ficaram ousados.
Me perseguem. Chegam primeiro do que eu
Nos lugares. Me desafiam
Com notável desenvoltura!
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Minhas mãos estão demasiadamente sensuais.
Talvez fosse por isso que por anos
As mantive com unhas curtas, cativa da tesoura.
Agora, longas e vermelhas, são lascivas!
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Tem vida própria.
São marginais de mim.
Marcas do pecado. Da hipocrisia.
Já não as reconheço.
Tão notáveis estão
As minhas mãos!
DD_24,00 hs - 03-07-2002 - Campo Grande MS
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