De manhã
Delasnieve Daspet
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O vento sul, suavemente, balança
As árvores da praça,
O som sibila em meus sentidos,,
Atentos, à beleza que começa
Com o novo dia.
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Levanto cedo para apreciar
O que a natureza nos reserva.
Coloco meu olhar n´alma,
E respeito a grandeza divina
Que se manifesta.
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Ouço os primeiros sabias madrugadores,
Aves solitárias, que duelam com seus cantos;
O bem-te-vi voa faceiro,
O tucano pousa na paineira;
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A coruja, em posição de alerta,
Fica em pé no telhado de sua casa;
Um bando de maritacas com seu canto
Anunciam a alvorada.
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Um casal de arara canta
No que sobrou do espinheiro,
O céu se tinge de cores suaves,
A praça toda se abre,
E, eu saio na varanda.
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Ao longe os cães ladram,
Verde e amarelo vestem meus olhos
A espera do sol, que altaneiro,
Começa a surgir nos altos do Parque das Nações.
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Abro os braços e abraço o infinito azul que me acolhe,
Me envolvo nos raios dourados do alvorecer,
Emito um som gutural em guarani:
Iporãterey!
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Me entrego ao momento, fico em silêncio,
O amanhecer é substituído por um dia radioso,
Céu de anil com raios dourados
Enchendo a vida de energia.
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O céu, agora, uma feeria de cores, deslumbrante,
Minha terra se engalana de luz, de calor, de harmonia,
Tudo fica perfeito,
Um convite para saborear a vida!
Delasnieve Daspet – 31.10.12 Campo Grande-MS
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as fotos que ilustram este poemas foram cedidos
pela Dra. Keila Matiolli