PASSAR A LIMPO, UMA NECESSIDADE
Nelson Vieira
Enquanto não passarem a limpo de cabo a rabo, e conferir com denodo a existência de possíveis falcatruas, e, não ficar no disse que disse, dando cumprimento as ações pertinentes para averiguações investigativas pelos setores competentes, aliás, algumas em andamento, sobre mazelas contra a pátria mãe, e a transparência figurar somente no dicionário, cujo significado é: clareza nas intenções; franqueza, que não oculta nenhum dado, a nossa condição é de engambelados. Num embeleco, encantados vendo o passar dos gatos ao invés de lebres.
Outro dia, uma reportagem interessante, relativa às rodovias européias, suas construções, qualidades e presteza de conforto para seus usuários nos deixou de queixos caídos, que loucura! Só de ver e, mesmo a distância e por intermédio de documentário (filme), a impressão, a sensação é de impotência, por que eles podem e fazem e, nós podemos e não fazemos como manda o figurino?
São estradas de rodagem de cerca de setenta centímetros de espessura, sinalizadas, com pontos de apoios para socorros, gastronomia, comunicações, descansos, lazer e aquisições de souvenires, etc. e tal. Constituídas de três a quatro ou mais pistas de cada lado. Lá eles constroem para durar uma eternidade.
E pensar que no Brasil, neste imenso país, rico por natureza, as estradas daqui deixam a desejar, sejam elas rodovias ou ferrovias. Quando é que levarão a sério a característica ou virtude, denominada de honestidade, sem ser preciso dizer: “eu sou honesto”, aos quatro cantos. Os exemplos deveriam começar de cima para baixo.
Parece não terem nenhum compromisso, obras seguem no passo de tartaruga, ou pior de lesma, quando sendo executadas. Tem os casos de iniciadas e não acabadas. São situações que os cronogramas foram para o brejo, e a grana para onde foi? Com trechos em execuções, outros ainda na estaca zero. É lamentável!
Nossas rodovias apresentam asfaltos “cascas de ovos”, onde em pouco tempo de uso surgem avarias, tornando-as precárias e promotoras de acidentes ou coadjuvantes, com ônus para a nação. E, olhe que são vias contíguas (duas mãos), uma que vai e outra que vem muitíssimo diferente das européias e norte americanas.
Cremos que a precariedade das rodovias não seja pela falta de materiais, pois os temos em abundância. E , no campo tecnológico temos excelentes profissionais, em condições de construir estradas com primor e decência.
Qual é o problema, a dificuldade que impede a feitura de rodovias no Brasil, tais quais as existentes, por exemplo, na Europa?
Ao utilizar estradas para deslocamentos para determinada localidade, escolhida antecipadamente, para desfrutar momentos de prazer com seus familiares, dá para confiar plenamente nelas? Oferecem condições plausíveis de tráfego, uma minoria, aquelas sob controle de empresas privadas, daí a concordância em parte com a cobrança de pedágios.
Vê-se como nosso dinheiro, sim o nosso dim dim é “bem aplicado na indústria das estradas”, para durar o mínimo possível. Quem ganha com isso?
Isso é só uma “ponta do iceberg”. Está na hora de passar a limpo. Caramba! Que coisa, só muda as moscas, a meleca continua a mesma. Ah! Um lembrete: vivemos numa república democrática, e ninguém está acima da lei.
Membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul.