domingo, março 29, 2009
poema no pôr do sol
Hoje, não!
Delasnieve Daspet
Hoje, especialmente, hoje,
não vou te olhar.
Não quero te ver ou sentir,
nem te saber.
Hoje,
vou fingir que não te vejo,
que não sei quem és,
nem o que queres.
Hoje, não!
A tristeza n´alma,
a carência me abraça,
estou pobre de sentimentos,
nada tenho para dar.
Hoje,
eu apenas quero dormir,
para não ver ou sentir
nem mesmo a minha dor.
Hoje, não....
Não vou sorrir nem te olhar,
viro as costas e sigo,
fecho as janelas para que percebas
que nada quero contigo.
Hoje, não!
Sabes que finjo,
sabes que é tudo mentira,
só não sabes os meus porquês...
Aliás, nem mesmo eu sei direito
não vou e nem quero definir
as sem-razões que invadem meu peito..
Hoje, não!
Hoje,
não me remeterás as lembranças
que não quero recordar,
não ficarei dolorida,
desencantada...
Impotente, grito, covardemente:
hoje, não!
DD_02-02-04 - Campo Grande MS
sábado, março 28, 2009
segunda-feira, março 16, 2009
Calidoscopio
Calidoscópio
Delasnieve Daspet
No tempo,
Olho toda a minha existência
Sem faltar nenhuma das minhas ações,
Boa ou má....
Vi-me em mil lugares diferentes...
Qualidades e defeitos,
Num eterno presente.
A percepção adquirida
Trazia à tona os mais insignificantes
Acontecimentos da minha vida.
Revivo momento por momento,
Período a período,
No mesmo tempo!
Em mim o silêncio.
Silêncio da morte.
Indefinível!
Todos meus atos perpassavam
Em minha lembrança
Cada vez mais forte...
Ah! Como ignorar-me?!
Olhos hermeticamente fechados...
Morrer e viver
Limiar tão estreito
Na fina lâmina do tempo...
DD_ Campo Grande-MS, 9/03;09
quinta-feira, março 12, 2009
Frágil...
Frágil...
Delasnieve Daspet
Mar azul opala
Calmo sem ondas
Dourado pelo sol
Que se põe alhures...
Encontro da terra, da água e do céu,
Infinito de nós.
Na areia turbilhões de
Asas brancas confundem-se
Com a espuma do mar.
No ruflar das asas brancas
- em louco bálé -,
Morrer... plantas esmagadass
Pelo vai e vem das ondas...
Solitária na imensidão,
Como um borrão na paisagem
Caminhava, só...
Imensamente só!
Frágil como um cristal!
DD _ Campo Grande - 10-03-09
quarta-feira, março 11, 2009
Destinos
Destinos.
Delasnieve Daspet
Lembro um sorriso
Que percorria teu rosto
Que abraçava teu corpo
Como uma brisa da tarde.
Lembro o andar másculo e suave
De gato manhoso
Um puma, no negrume da noite.
Lembro a voz de puro veludo
Barítono, forte
Que ecoa na memória
De tempos longínquos.
E no poente, no fim do dia
Sei a certeza de te amar
Cada vez mais.
O destino nos uniu
E nos manteve distantes!
_DD_14-10 - 02
Campo Grande MS
Delasnieve Daspet
Lembro um sorriso
Que percorria teu rosto
Que abraçava teu corpo
Como uma brisa da tarde.
Lembro o andar másculo e suave
De gato manhoso
Um puma, no negrume da noite.
Lembro a voz de puro veludo
Barítono, forte
Que ecoa na memória
De tempos longínquos.
E no poente, no fim do dia
Sei a certeza de te amar
Cada vez mais.
O destino nos uniu
E nos manteve distantes!
_DD_14-10 - 02
Campo Grande MS
quarta-feira, março 04, 2009
Chorar
Chorar
Delasnieve Daspet
É tanto sentimento alojado
no meu íntimo
que ao abrir as comportas da opressão
sempre choro.
Choro por estar feliz.
Choro de tristeza.
Choro por sorrir.
Choro - com lágrimas que
lavam a alma.
Na vitória. Na derrota.
Na emoção. Na satisfação.No prazer.
São lágrimas de conquista.
De reconhecimento. De consolo.
Da satisfação de um sonho realizado.
Lágrimas de recompensa
de longas noites de vigília e espera.
Choro por orgulho de saber chorar.
Lágrimas que lavam
uma dor incomensurável
que saem de uma alma ferida.
Choro a saudade
na sinceridade do afeto.
Não quero chorar o desespero
da imprudência ou da incapacidade.
Não quero chorar a intolerância.
Não quero chorar o desamor.
Não quero chorar a falta de
caridade e nem de remorsos.
Estas são lágrimas que não aliviam.
Quando chorar, quero a alegria da paz.
Devagar vou conhecendo
A força e a beleza no silêncio do chorar!
segunda-feira, março 02, 2009
Ondas no Tempo.
Ondas no Tempo.
Delasnieve Daspet
Como uma pedra
Que se joga no rio
Venho formando ondas no tempo.
Nada importa.
Onde eu vá
Sempre estarei sozinha.
Já não pertenço a lugar algum.
Tudo que me resta são sonhos.
Agora é tarde para mudar,
- Está tudo feito! -
A chuva continua caindo.
Chuva fina e constante.
Olho a chuva,
Não suporto mais vê-la cair...
Findou o inverno
E a primavera com seus brotos e flores
Já surge nas árvores,
Na curva dos dias de sol.
Repouso minha poesia e meu canto
Numa quimera!
Caminho ao teu encontro,
Beijarei tua boca cheia de palavras,
E a saudade líquida fluirá rolando face afora.
_DD_05-10-2002
Campo Grande MS
domingo, março 01, 2009
Há Um Silêncio Hoje
Há Um Silêncio Hoje.
Delasnieve Daspet
Silêncio agora.
SILENCIO HOY
Consciência é palavra feia
CONCIENCIA Y PALABRA FEA
Para quem nega a liberdade.
PARA QUIEN NIEGA LA LIBERTAD
Observo as flores,
OBSERVA LAS FLORES
Elas continuam crescendo,
ELLAS CONTINUAN CRECIENDO
Bebendo a água do orvalho.
BEBIENDO EL AGUA DEL ARROLLO
Chegamos na encruzilhada.
LLEGAMOS A LA ENCRUCIGADA
Não podemos voltar.
NO PODEMOS REGRESAR
Nem parar.
TAMPOCO PARAR
Devemos continuar.
DEBEMOS CONTINUAR
Ir.
IR
Fechar os olhos.
CERRAR LOS OJOS
Crispar os punhos.
CRISPAR LOS PUÑOS
O que tinha de aproximar
O QUE TENGA QUE ACERCAR
Apenas separou.
ACERCAR APENAS
O amor que existia ,
EL AMOR QUE EXISTÍA
Mesmo na vida,
IGUAL EN LA VIDA
É frio como a morte!
ES FRÍO COMO LA MUERTE!
Há um silêncio hoje.
HAY UN SILENCIO HOY
O adeus continua.
EL ADIÓS CONTINÚA
A noite pensa e dorme.
LA NOCHE PIENSA Y DUERME
__DD_18-10-02
Campo Grande MS
Delasnieve Daspet
Silêncio agora.
SILENCIO HOY
Consciência é palavra feia
CONCIENCIA Y PALABRA FEA
Para quem nega a liberdade.
PARA QUIEN NIEGA LA LIBERTAD
Observo as flores,
OBSERVA LAS FLORES
Elas continuam crescendo,
ELLAS CONTINUAN CRECIENDO
Bebendo a água do orvalho.
BEBIENDO EL AGUA DEL ARROLLO
Chegamos na encruzilhada.
LLEGAMOS A LA ENCRUCIGADA
Não podemos voltar.
NO PODEMOS REGRESAR
Nem parar.
TAMPOCO PARAR
Devemos continuar.
DEBEMOS CONTINUAR
Ir.
IR
Fechar os olhos.
CERRAR LOS OJOS
Crispar os punhos.
CRISPAR LOS PUÑOS
O que tinha de aproximar
O QUE TENGA QUE ACERCAR
Apenas separou.
ACERCAR APENAS
O amor que existia ,
EL AMOR QUE EXISTÍA
Mesmo na vida,
IGUAL EN LA VIDA
É frio como a morte!
ES FRÍO COMO LA MUERTE!
Há um silêncio hoje.
HAY UN SILENCIO HOY
O adeus continua.
EL ADIÓS CONTINÚA
A noite pensa e dorme.
LA NOCHE PIENSA Y DUERME
__DD_18-10-02
Campo Grande MS
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