domingo, novembro 30, 2008
Às Favas a Obrigatoriedade...
Às Favas a Obrigatoriedade...
(Delasnieve Daspet)
Já perceberam que nos é imposto
que sejamos felizes
ao menos no Natal e no Ano Novo?
Na sociedade capitalista todos acreditam
que precisam comprar...comprar coisas,
objetos, gente, amor, sexo, afetos,
tudo que possa dar a sensação de felicidade.
E haja tempo para a pressa.
Afinal, para quê tanta correria,
se temos todo o ano para isso?
Aceito que sou uma ET.
Abomino festas de amigo oculto,
festinhas de confraternização,
ir na casa dos outros...
acho tudo isso de uma chatura suprema!
Não! Não tenho nenhum problema.
Cresci no mato. Lá o natal é família,
em casa. Um franguinho, no fogão à lenha,
fazia a festa, e pela manhã todos
iam a igrejinha agradecer.
Consigo sim, passar o natal e o ano novo,
olhando meus filhos, falando com os amigos,
ou numa retrospectiva de tv, e está tudo perfeito,
pois para mim todo dia e natal e ano novo.
Não me sinto obrigada a ser feliz, sorrir,
fingir, magnânima, animada, bonita
- em apenas um dia -
eu sou assim o ano todo!
As pessoas não conseguem ser outras
...e se deprimem.
Não incorpore essa obrigatoriedade de ser feliz
em ocasiões especiais.
Isso apenas nos tornam infelizes.
Para que teu natal não seja triste
faz crescer o espírito natalino que existe
em nós.... quanto ao resto?
manda às favas!
00,45 hs - 25-12 02 Campo Grande MS
sábado, novembro 29, 2008
bom final de semana!
Metamorfose
Delasnieve Daspet
Rapidamente, cai o pano.
Muda a cena.
O outono cede...
Ventos fortes, folhas espalhadas,
árvores peladas,
secura do ar, algumas trovoadas,
preparo-me para receber o inverno....
Muda a estação, muda a vida,
um ciclo se completa ante de iniciar-se o outro;
é necessário que todas as folhas caiam,
para que outras venham, viçosas.
Não, não me verás chorando!
Desejo, mesmo, apagar, mudar...
Sim, mudarei tão devagar que nem perceberás...
Deletarei inutilidades, sem quaisquer despedidas!
Necessito virar a página, apagar falsas ilusões,
Para não cair - num dia de solidão -
Em novas tentações.
Melhor evitar as saudades,
tornar-me lúcida, controlar os impulsos,
mudar por dentro e por fora,
em completa e total metamorfose,
sem dar chance ao desejo de voltar...
Campo Grande-MS - 26-07-07
domingo, novembro 23, 2008
LEIS E TEIAS
LEIS E TEIAS
Delasnieve Daspet
Campo Grande MS - 05-07-2002 - 9,00 hs
Falam tanto em novas leis.
Leis que tenham efeito.
Que façam prevalecer o verdadeiro.
Que assegurem direitos.
Não existem leis boas ou más.
Nossa legislação tem leis magníficas
Não precisamos de outras!
O que não temos é um judiciário forte,
E bons aplicadores da lei.
É apenas por isso que a justiça é capenga!
Comparo as leis dos homens
(Que ajudo a buscar!)
Como teias de aranha.
Os pequenos insetos ficam presos
Enquanto que os grandes...
Ah!.... esses rasgam a teia sem custo
E gargalham sua prepotência
Em nossa face de idiotas!
terça-feira, novembro 18, 2008
Mulher Indígena
Mulher Indígena
Delasnieve Daspet
Tu que perfumas a vida,
Que grita pela igualdade,
Que clama solidariedade,
Que conhece o sol e a lua,
O amanhecer e o anoitecer,
Que vive na penumbra,
Invisível à sociedade.
Tu que integras a natureza,
Sofre discriminações de todo tipo,
Redescubra teus valores e interesses
Teus sonhos e esperanças,
Planos e sentimentos
Na construção de uma comunhão sólida e interna,
Assume o espaço que é teu
Na terra que é tua por direito!
Necessitas,
Não para uma satisfação pessoal,
Mas no todo que somos,
Uma comunhão que garanta
Paz de espírito e fidelidade,
A segurança do sincero e do duradouro
No futuro harmônico e seguro.
Do esforço de cada um
Sem crise de continuidade...
Lembrando que somos partes da mesma Terra,
Vem!
Vamos juntas,
Em busca da Paz!
Lima-Perú – 15.04.08
Midi -Andes.wav
Dedicado à todas as Mulheres e Líderes Índigenas presentes ao
Primer Foro Internacional de Mujeres Índigenas
13-16 de abril em Lima - Perú
Delasnieve Daspet
Tu que perfumas a vida,
Que grita pela igualdade,
Que clama solidariedade,
Que conhece o sol e a lua,
O amanhecer e o anoitecer,
Que vive na penumbra,
Invisível à sociedade.
Tu que integras a natureza,
Sofre discriminações de todo tipo,
Redescubra teus valores e interesses
Teus sonhos e esperanças,
Planos e sentimentos
Na construção de uma comunhão sólida e interna,
Assume o espaço que é teu
Na terra que é tua por direito!
Necessitas,
Não para uma satisfação pessoal,
Mas no todo que somos,
Uma comunhão que garanta
Paz de espírito e fidelidade,
A segurança do sincero e do duradouro
No futuro harmônico e seguro.
Do esforço de cada um
Sem crise de continuidade...
Lembrando que somos partes da mesma Terra,
Vem!
Vamos juntas,
Em busca da Paz!
Lima-Perú – 15.04.08
Midi -Andes.wav
Dedicado à todas as Mulheres e Líderes Índigenas presentes ao
Primer Foro Internacional de Mujeres Índigenas
13-16 de abril em Lima - Perú
segunda-feira, novembro 17, 2008
"Você conhece o verbo pazear? Está no dicionário”
ENTREVISTA
( http://www.notisul.com.br:80/conteudo.php editoria_cod=12&tipo=e)
“Você conhece o verbo pazear? Está no dicionário” (17/11/2008)
Delasnieve Miranda Daspet de Souza: Embaixadora Universal da Paz e sub-secretária de Poetas del Mundo para as Américas.
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Veja Fotos
Tatiana Dornelles
Tubarão - SC
Notisul - Como embaixadora universal da paz, como você vê a violência hoje no Brasil?
Delasnieve - É decorrência da falta de estrutura familiar, financeira, falta da vida religiosa, de respeito, dignidade, um salário decente com que as pessoas possam sustentar suas famílias, educá-las, vesti-las, transformá-las em cidadãs. E também o consumo exacerbado de drogas de todos os tipos, como químicas, álcool. Isso tem levado a violência ao extremo. Além da própria estruturação governamental, que não consegue transpor este problema. Estamos chegando em alguns estados da federação onde a violência se sobrepõe ao poder constituído, como é o caso do Rio de Janeiro. A estrutura do governo está falha. Alguma coisa tem que ser mudada na estrutura para que realmente possa se combater a violência no seu ponto de origem.
Notisul - O que é feito pela sociedade para mudar esse quadro? Ou as pessoas não estão fazendo?
Delasnieve - Acredito que existam muitas pessoas fazendo muita coisa em todo o mundo. Aqui no Brasil, também. São focos isolados, mas em um momento vai ver como um rompante, como uma força, e vai sobrepujar toda essa violência. Na verdade, quando o homem conseguir resgatar a sua dignidade, quando pararmos de depender de salário, de ajuda do governo, quando se pagar um salário decente às pessoas, grande parte do problema vai parar de existir. Quando o homem puder, com o seu trabalho, conduzir a sua família e não mais depender de favores de um bolsa disso e uma bolsa daquilo, quando puder concorrer de igual para igual em nível de estudo, aí estaremos exercendo a cidadania com dignidade. Isso, sim, vai servir para diminuir a violência. Aplicar-se em estudo, em educação, nas creches. A criança tem que começar, desde cedo, a ter o melhor para que possa crescer. Além dos direitos, temos obrigações.
Notisul - Há também muita violência nas escolas. O que fazer para minimizar o problema?
Delasnieve - A gente tem percebido muito isso. A violência na escola começa com uma violência que a gente nem percebe: quando o colega chama você de gorda, de magrela, de quatro-olhos. Porque criança tem essa “maldade” inconsciente. Precisamos fazer com que elas aprendam a conviver entre si. A respeitar os limites. O respeito que se deve ao professor, ao educador, ao colega, isso precisa voltar a ser ensinado nas escolas. O professor tem medo dos alunos, hoje em dia, em muitos casos e com razão. Você não sabe com quem está lidando. Mas é necessário que isso seja debatido e se volte a ter na escola a formação de cidadãos que vão gerir o país de amanhã.
Notisul - Como é o seu trabalho como embaixadora universal da paz?
Delasnieve - O embaixador universal da paz é um título concedido a qualquer pessoa da sociedade que lute pela paz, pelo meio ambiente, pela solidariedade, pela humanidade. Qualquer cidadão que esteja trabalhando essas áreas. Coisas que digam respeito à humanidade, ao povo, ao ser humano. Fui indicada em 2005 e pertenço ao círculo de embaixadores da paz, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), cuja sede é em Genebra, na Suíça. Todos nós trabalhamos a paz como uma instituição, como algo a ser conquistado, como algo a ser plantado dia a dia. A paz começa em mim, em você, no vizinho, em quem está em nosso lado. E essa paz é a que temos que dividi-la, carregá-la e construí-la. Você conhece o verbo pazear?
Notisul - Não conheço.
Delasnieve - Pois é. Grande parte dos brasileiros vai morrer sem conhecer o verbo pazear. E está no dicionário. O verbo pazear é o verbo harmonizar, construir a paz. Mas isso também é normal na história da civilização, porque aprendemos a brigar, a conhecer quem foram os grandes heróis de guerra. Procura a rua Madre Tereza de Calcutá, ou rua Irmã Dulce, rua Jesus Cristo, rua Gandhi. Você não acha. São benfeitores da humanidade. Deveríamos, nós, também promover a cultura da paz.
Notisul - Como promover a cultura da paz?
Delasnieve - Nas escolas, com atos, atitudes, exemplos. A gente cobra mas não dá o exemplo do trabalho feito. Aprendendo a conjugar o verbo pazear, no presente do indicativo, ajudará. A paz futura dependerá da paz presente. Essa é a norma que idealiza esse trabalho que fazemos pelo país todo, onde somos convidados. No meu estado, Mato Grosso do Sul, trabalhamos. Temos a Carta da Paz, que fizemos junto com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e já ultrapassou fronteiras. Foi lida no Fórum Mundial da Paz no Quênia, na África. É um grito nosso. Precisamos de uma escola de paz, onde nós venhamos a aprender como fazer a paz, como praticar essa utopia, como torná-la real. Trabalhamos com poesias, com música, palestras, encontros. Quanto mais pessoas virem a gente fazer alguma coisa, mais exemplos estaremos levando às crianças e à coletividade.
Notisul - O mundo fala de paz, mas há muitas guerras. Como você vê essa disparidade?
Delasnieve - Fico preocupada com o presidente Barack Obama (eleito nos Estados Unidos). Não sei como ele vai conseguir cumprir o que ele prometeu, porque não depende só dele. Assim como não depende dos países a matéria paz. Tem vários interesses econômicos e financeiros atrás disso. Por exemplo: a guerra do Iraque todo mundo sabe que é a guerra do petróleo. Existiu ou existem armas químicas? Até agora ninguém ouviu falar. É uma grande incógnita. Mas a violência lá fora é igual aqui. No Brasil, não tem guerra civil, mas morre muito mais gente aqui do que em uma guerra do Iraque. Morre gente de acidente de trânsito, assassinatos nos morros. A guerra civil que nós vivemos, que não é declarada, é muito maior do que a declarada, como a do Iraque, a do Afeganistão. As pessoas morrem aqui dia a dia, sem saber por que. O que está acontecendo? É a mesma coisa na África, onde as pessoas morrem de fome. São violências que vamos ter que tratar um dia. Fazemos uma rede mundial de pessoas sonhadoras que com a palavra possam ajudar a mudar essa situação.
Notisul - O que é Poetas del Mundo para as Américas?
Delasnieve - Essa entidade que se encontra hoje em 116 países. Pensamos pela poesia modificar esse estado de coisa que a gente acabou de falar. A minha poesia é a biopoesia (poesia da vida). Claro que também falo de dor-de-cotovelo, de tristeza, de amor. Temos levado essa nossa forma de pensar às pessoas através da poesia. E estamos tentando fazer chegar a todos os continentes a palavra do poeta em favor do desaquecimento global, da união dos povos, do extermínio da fome, da miséria. Temos como parâmetro de trabalho as oito metas do milênio da ONU. Tem surtido efeito bom. Temos mais de 4,5 mil poetas pelo mundo todo. Desse total, 1,6 mil são brasileiros. E me honraram com a nomeação de ser a embaixadora do Brasil.
Notisul - Você já foi premiada...
Delasnieve - Ano passado, fui premiada pela Academia Francesa de Ciências e Letras com medalha de prata pela solidariedade e na literatura. Com isso, obtive uma obra minha toda traduzida para o francês e deve ser lançada em 2009 pela Academia de Letras de lá e isso é o sonho de todo o escritor: ser lançado na França. O prêmio me deixou muito motivada, honrada, feliz, porque é um reconhecimento que você nem espera e vem perante o seu trabalho. Escrevo poemas, prosas, crônicas... Mas gosto mesmo é de poesia. Meu campo é esse.
Notisul - O que você diria às pessoas que querem promover a paz?
Delasnieve - Convidamos a todos a conjugar o verbo pazear. É fácil conjugar no presente do indicativo: eu pazeio, tu pazeias, ele pazeia, nós pazeamos, vós pazeais, eles pazeiam. Eu me harmonizo contigo. Essa é a nossa proposta, é a nossa vontade, é nosso desejo. É uma utopia? Pode até ser. Mas de grandes sonhos surgem grandes realizações. Todos podem sonhar o mesmo sonho: construir a paz.
quarta-feira, novembro 12, 2008
Um poema de final de tarde na companhia de amigos especiais...
- LUIZ ARIAS MANZO -VILMA CUNHA - DETH HAAK - DELASNIEVE DASPET - DIVA PAVESI - THIAGO MELLO
( 74... )
Delasnieve Daspet
Hoje sou apenas imaginação.
Meu caminhar já é lento.
Lento e leve.
Já não tenho pressa.
Devagar - vou seguindo.
Já não sou matéria pesada.
Já nada espero.
Não procuro aplausos.
Meu último desejo
Perdi-o - talvez,
Na curva do vento!
Minha doce alma
Já abandona meu corpo
E fica vagando
Em busca do elo.
Sou aquela luz azulada,
Que te fita em pensamento.
Sou a nuvem rosada
Que acompanha teu sol-pôr!
Já não sou!
Já não marco tempo.
Quebrei o relógio e o espelho.
Vivo sem tempo e sem imagem,
Que se condensaram!
Passarinha,
Procuro um pedaço de ramo orvalhado
Que me toque
Em delicado contato final!
Brisa,
Procuro balançar de leve
As folhas da lembrança
Do teu entardecer!
Silêncio,
Sou a ausência da palavra.
Estou integrada. Inteirada. Compactada.
Sinto a leveza,
Verdadeira leveza do ser!
Somos.
Somos a luz em plena luz!
Sem fugas.
Sem fugacidade.
Sem temeridade.
Uma dimensão geométrica perfeita,
Etérea e absoluta!
**
Delasnieve Daspet
Campo Grande MS
terça-feira, novembro 11, 2008
Curtindo a praia em Porto de Galinhas - PE
Oiii turma1!
De volta... um poeminha....
Não Acabarei de Lapidar Tua Lembrança?!
Delasnieve Daspet
A pedra bruta não cede,
Não se transforma!
Recorto-a.
Cinzelo no modelo indecifrável!
Quebro, arrumo, desarrumo,
Neste nada que o vazio não preenche...
Já tenho as mãos feridas!
Vou além de minhas recordações.
A saudade não fenece...
Transformou-se em doce calor de dor,
Pirilampos dançando no olhar...
Quem sabe onde irá meu vôo?
Escreverei - até que da pena já não cante a porfia,
E quando o cinzel já não consiga esculpir,
Na talha, criarei...
Volver o olhar para o alto...
Contemplar as estrelas da hora matutina,
Acompanhar o erguer do sol
Em profusão de cores!
Não acabarei de lapidar tua lembrança?!
Ouço as palavras... Ouço!
Mas o coração não entende... Compreendes?
Na fímbria do tempo perpassa, repassa, transpassa...
Transcende, transforma, transmuta
O pesado silêncio dos dias....
Armazeno a água mas não seguro as ondas!
Na terra, água, no ar, no fogo,
Mudanças diárias imperceptíveis...
No éter, em todos os planos da consciência cósmica,
Atávica, em mim,
Sempre a tua sombra companheira!
Campo Grande 25 de abril de 2007
sexta-feira, novembro 07, 2008
VOLTO NA SEGUNDA-FEIRA!!!
GENTE DEIXO ESSE RAMALHETE DE FLORES...
ESTOU SAINDO PARA FLIPORTO ( PORTO DE GALINAHS - RECIFE - PE )
ATE A VOLTA...
quinta-feira, novembro 06, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
Romântica
Delasnieve Daspet
Quando te vejo fica a pergunta: me vês, também?
Não sou assim - mas pego-me querendo compartilhar contigo
Os meus mais profundos sonhos,
As noites frias e solitárias,
O meu universo interior...
O sangue corre rápido acelarando a pulsação,
E de tanto amor - já não tenho forças para gritar,
E o meu canto se dilui em salgadas gotas
Que brilham no meu olhar...
A melodia é mais um lamento do bardo
Que se esconde em seus conflitos internos
Usando-os como escudo, uma defesa, uma arma contra o desamor.
E o poeta se oferece em letras,
Pois o que ele escreve e canta é a dor de sua alma...
Porque não vens com teu olhar afagar minhas noites insones,
Tocar meu corpo,
Brincar comigo,
Sorrir meu riso,
Por quê?
Sou louca, triste, desiludida?
Sou tudo e sou nada?
Sou eu - quando busco no meu interior
Ver as coisas como são ou como deveriam ser?
Cantando o maior sentimento que existe,
Sou como o sereno que cai na madrugada,
Prenunciando o alvorecer...
DD_Campo Grande-MS - 15/09/08
terça-feira, novembro 04, 2008
O dia continua nublado...é certo que teremos mais chuvas...
deixa eu ver um poema para dias assim....hummmmmmmmmmm tá...vou postar METAMORFOSE,
espero que gostem... ainda não divulguei meu blog, devagar vou andando..
Metamorfose
Delasnieve Daspet
Rapidamente, cai o pano.
Muda a cena.
O outono cede...
Ventos fortes, folhas espalhadas,
árvores peladas,
secura do ar, algumas trovoadas,
preparo-me para receber o inverno....
Muda a estação, muda a vida,
um ciclo se completa ante de iniciar-se o outro;
é necessário que todas as folhas caiam,
para que outras venham, viçosas.
Não, não me verás chorando!
Desejo, mesmo, apagar, mudar...
Sim, mudarei tão devagar que nem perceberás...
Deletarei inutilidades, sem quaisquer despedidas!
Necessito virar a página, apagar falsas ilusões,
Para não cair - num dia de solidão -
Em novas tentações.
Melhor evitar as saudades,
tornar-me lúcida, controlar os impulsos,
mudar por dentro e por fora,
em completa e total metamorfose,
sem dar chance ao desejo de voltar...
Campo Grande-MS - 26-07-07
segunda-feira, novembro 03, 2008
domingo, novembro 02, 2008
Retrato Falado
Retrato Falado
Delasnieve Daspet
Queres saber quem sou?
Digo-te:
Sou alguém que ama a poesia.
As pessoas.
A vida.
De passagem.
Hoje aqui,
Amanha: quem sabe?!
Todas as cores sao minhas.
Todos os ventos sao meus.
Todos os cantos - meus cantos.
Todas as dores ja as vivi.
E os sonhos - tenho-os guardados
Acalentados em mim.
Sou assim!
Se fui,
Se vim,
Se volto,
Nao sei!
Apenas caminho de encontro,
Ao encontro que fatalmente chegará!
Entao sou um hiato.
Tatuagem na epiderme.
Um parenteses.
Um suspiro.
Um sonho,
O meu!
Idade?
Tenho a idade da pedra.
Nasci com o tempo e com têmpera!
Sou casada com a vida
Desposei a tempestade!
Tenho filhos -
Chamei-os de saudades!
Como tudo é transitório -
Trago o amor como princípio
Para vencer o túmulo
A cinza,
E o tédio
.x.
Delasnieve Daspet
Espaço para o Amor
Espaço Para o Amor.
Todos temos em nós
O segredo de uma vida.
Abrigamos uma semente que
Se bem cuidada dará bons frutos.
Para que haja o seu crescimento
Depende de todo um acompanhamento.
De carinho e de delicadeza.
Tantas sementes são lançadas
Em corações duros e estéreis.
Indiferentes,
Sem espaços para o amor.
Há sementes em corações indecisos.
...
Corações que se empolgam e emocionam,
Mas que são frios e insensiveis,
Que dão valor a dúvida.
Há sementes que fenecem
...
Em corações profanos
Cheios de medo e comodismo.
Existem sementes plantadas
Nas areias que cobrem as águas,
- Que tudo aceita -
Mas que não criam raízes.
A semente de que falo,
( Traz em si o segredo da vida )
Precisa de espaço.
De compromisso.
De justiça e da verdade.
Da generosidade da acolhida. ...
Eu falo do Amor.
Todos temos em nós
O segredo de uma vida.
Abrigamos uma semente que
Se bem cuidada dará bons frutos.
Para que haja o seu crescimento
Depende de todo um acompanhamento.
De carinho e de delicadeza.
Tantas sementes são lançadas
Em corações duros e estéreis.
Indiferentes,
Sem espaços para o amor.
Há sementes em corações indecisos.
...
Corações que se empolgam e emocionam,
Mas que são frios e insensiveis,
Que dão valor a dúvida.
Há sementes que fenecem
...
Em corações profanos
Cheios de medo e comodismo.
Existem sementes plantadas
Nas areias que cobrem as águas,
- Que tudo aceita -
Mas que não criam raízes.
A semente de que falo,
( Traz em si o segredo da vida )
Precisa de espaço.
De compromisso.
De justiça e da verdade.
Da generosidade da acolhida. ...
Eu falo do Amor.
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